Por Alexandra Cavaler
Moradores do Condomínio José de Alencar, na localidade de Poço Oito, em Içara, buscam solução para o problema do esgoto que está vazando da rede e tomando as ruas do residencial. O material, além de deixar o pátio de algumas casas sujo, causa odor bastante forte e desagradável, de acordo com a síndica, Patrícia Brittis. Ainda segundo ela, a prefeitura já foi procurada e, inclusive, um protocolo foi registrado.
“Há muito tempo estamos sofrendo com esse descaso e enfrentando o problema do esgoto a céu aberto que está vazando da rede causando muitos transtornos: sujeira, mau cheiro e até riscos à saúde, principalmente, das crianças que brincam na área interna do condomínio. Já fiz, em nome dos moradores, um protocolo, mas até o momento nada foi resolvido”, assinalou Patrícia, acrescentando: “Aqui ė um condomínio social e acredito que por esse motivo, somos deixados de lado às vezes. Chegamos ao limite, pois tentamos resolver de várias maneiras, mas nada se resolve então resolvemos expor na mídia. Quem sabe assim a situação se resolva”.
A síndica do residencial também conta que após registrar o documento, junto de outros moradores, esteve na prefeitura, mas ainda assim passaram o Natal no meio da sujeira. “Passei por todos os trâmites que eram necessários, mas nada fizeram. Inclusive passamos o Natal e a virada do ano sobre o esgoto. Como a rede está transbordando, o esgoto está voltando para a parte de trás, dentro do condomínio e fora dele também. Volta da própria rede e atingindo até o pátio das casas. Um fedor horrível. Minha preocupação maior é com as crianças que não entendem que onde parece água, no meio da rua e ao redor das casas, é o esgoto. Elas passam por cima sem entender o problema. Isso já virou uma questão de saúde pública”, lamenta Patrícia.
Prefeitura diz que licitação deve ser providenciada em breve
João Luiz Nunes, diretor do Serviço de Abastecimento de Água e Esgoto (Samae) de Içara foi procurado pela equipe do TN e informou que tem conhecimento do caso. E que, inclusive, um protocolo para a limpeza das vias foi feito nos últimos meses de 2023 e que o serviço foi realizado. Mas que para solucionar o problema é preciso abrir uma licitação. “A maioria das casas ainda tem fossas e sumidouros, mas nos condomínio, geralmente, o esgoto é jogando para a rede pública que talvez não tenha tanta eficácia e acaba gerando esse problema. Nós temos conhecimento da situação, recebemos uma solicitação de limpeza no ano passado, o serviço foi realizado, mas a situação é mais complexa, ou seja, para resolver vamos precisar contratar uma empresa especializada e, para isso, temos que abrir licitação, o que acaba levando certo tempo, mas acreditamos que ainda no primeiro semestre a situação atendida”, assinalou Nunes.
Questionado sobre a realização de uma limpeza, antes da concretização dos trabalhos efetivamente, o diretor do Samae revela que vai verificar junto à equipe de serviços urbanos da possibilidade de contratação de um caminhão de sucção e transporte de dejetos para realizar a limpeza. “Quando fizemos a limpeza, ainda em 2023, tentamos arrummos uma das bombas que estava com uma queimada, mas há, no local, alguns vazamentos, é uma coisa bem complexa. Por isso, nos próximos meses estaremos providenciando a contratação de uma empresa que faça a manutenção dessas bombas e a limpeza das elevatórias. Após a realização desse serviço, o esgoto vai fluir normalmente”, destacou Nunes.
Segundo ele um estudo já foi feito e agora é aguardar pela licitação para também adquirir bombas novas, com mais força, painéis novos, “enfim dar uma restaurada total para que possamos acompanhar o trabalho correto do equipamento e manter o controle do sistema em funcionamento”, completou o diretor da autarquia.
Fonte: Jornal Tribuna de Notícias
