O mercado da beleza abre um amplo espaço para os homens. Já não é mais um tabu falar em cosméticos e salões especializados em beleza masculina. Embora o mercado ainda tenha dado pouca atenção a este ponto, na região Sul vão aparecendo opções que ligam o universo masculino ao mundo da beleza e estética. Esta pode ser uma boa opção de negócio para quem pensa em investir ou inovar nesta área.
Na última semana, durante o Hendi Fashion Hair, o cabelereiro visagista Rodrigo Menha foi a atração escolhida para falar sobre corte de cabelos masculinos. Além de novas técnicas, e tecnologias que já auxiliam nos procedimentos de beleza, Menha enalteceu a importância do profissional da beleza estar antenado às novidades em seu mercado de trabalho.
Segundo ele, estamos vivendo uma época privilegiada da beleza onde os estilos são adotados a fim de criar uma identidade pessoal. O estereótipo vem cedendo cada vez mais espaço para o bom senso futurista, que traz a modernidade, sem diminuir a idade, credibilidade, e responsabilidades masculinas, ao contrário, realçando estes aspectos. “O cliente não precisa mais ser como a maioria usando cortes padrão, mas o barbeiro cria o estilo próprio para cada pessoa. Não existe mais o certo e o errado, mas o bem feito e o mal executado. Vivemos numa época em que até no mundo corporativo se vê jovens utilizam barbas estilo Rui Barbosa e executivos que traçam linhas na cabeça e contraste de formas e tamanhos em homens de todas as idades. Portanto, se alguma parcela de profissionais estava deixando esta tendência passar em branco, essa é a hora de estar ligado no que realmente está passando pela cabeça dos homens”, explica.
O que viu-se nos últimos anos, foi uma grande explosão de modernidade, e novas técnicas em torno do cabelo feminino. Enquanto isso, os próprios especialistas admitem, a barbearia era um setor acomodado, e em alguns aspectos, afirma Menha, até adormecido. A barbearia High Tech, termo usado para nomear a modernização da barbearia, teve início da Europa, sem trazer de volta os conceitos de barbearia contemporânea, mas da barbearia das décadas de 1930 a 1950, o que representou um reinicio acertado, ousado, e conectando os estilos modernos e as técnicas antigas.
Os mercados do Ocidente comeram a perceber o potencial deste retorno, e o acerto de contas no novo com o antigo para um público que já estava por hora esquecido. Os salões unissex surgiram, mas com serviços que fogem da real necessidade do que o homem procura: cabelo, barba e bigode. “Nos grandes centros urbanos, as barbearias oferecem entretenimento atraente aos homens, como mesa de bilhar, fliperamas, bar, videogame e dividem seu espaço com estúdios de tatuagem, engraxataria e lojas de venda de artigos e acessórios para o homem. Certamente a barbearia high tech é uma grande aposta da área da beleza que já deu certo e tende a crescer ainda mais” pontua Rodrigo Menha.
Colaboração: Tais Pacheco