Há 59 anos, o casal Emanuel Jorge da Silva e Vandete Cechinel da Silva possui uma loja de tecidos em Içara. E, mesmo após quase seis décadas de trabalho no comércio, a dupla segue atuando em seus negócios e neste momento nem pensa em parar. Eles dizem que, enquanto o tempo permitir, vão continuar na ativa.
“Até não tem como parar. A gente gosta muito daquilo que fazemos, gostamos de sempre estar presentes, de estar cuidando das coisas. Enquanto tivermos condições, com certeza estaremos juntos. Não queremos parar. Eu, particularmente, passo o dia inteiro cuidando das coisas. Desde de manhã até o fim da tarde. Dificilmente não estou na loja”, indica Vandete.
O comércio foi uma sucessão do serviço que já era realizado pelo pai de Silva. “Quando começou, realmente não tinha qualquer conhecimento sobre comércio. Não fazia ideia de como é que as coisas funcionavam. Mas com o passar do tempo, fui gostando, fui me aprofundando e então é algo que sigo até hoje e irei parar somente quando realmente não tiver mais condições”, projeta a comerciante.
A loja do casal já há mais de 40 anos está situada na área central de Içara. Mas nem sempre foi assim. O começo dos negócios ocorreu no bairro Mineração, atualmente Aurora, devido a uma situação que já mostrava o olhar de empreendedorismo. “Naquela época, a Mineração era muito maior que Içara. As minas estavam em grande propulsão, tinha muita gente lá, por isso é que se decidiu começar os negócios por lá. Era mais vantajoso”, conta.
Seis anos depois, veio a decisão de migrar para o Centro, mas a justificativa não foi a queda na produção mineira, embora posteriormente isso viesse a acontecer. “Naquela época não havia estrada pavimentada e, como lá passavam muitos caminhões, a poeira era grande. Então a gente resolveu ir para um lugar onde era mais tranquilo e que pudesse continuar as vendas. E hoje vimos que acertamos”, coloca.
Com quase 60 anos nos negócios, ela apresenta uma importante diferença sobre a atuação do comércio. “Naquela época, muitas das vendas eram realizadas realmente na confiança. Você vendia confiando que a pessoa ia pagar. Hoje existem vários mecanismos, como CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas), o SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), entre outros”, enumera Vandete.
Especial Jornal Gazeta