Jhonata Carpes foi o principal nome da edição 2017 do Campeonato Içarense de Futebol. Não tenho medo de cometer erro nesta afirmação, porque realmente é isso. Mas, não estou falando de seu desempenho em campo, embora seja um bom jogador. Estou falando sim enquanto coordenador técnico da Fundação Municipal de Cultura e Esporte (FMCE) de Içara. Embora tenha sido retirado da função antes mesmo do início da competição, o processo que realizou no período em que esteve a frente da organização, foi crucial para que se pudesse ter algum tipo de sucesso o evento deste ano.
Foi ele quem teve a coragem de “peitar” dirigentes de grandes clubes e gerar o fechamento do campeonato, ou seja, dar prioridade para os jogadores que são propriamente de Içara. Essa sua atitude, do qual muitos diretores anteriormente passaram e não o fizeram, fez com que as pessoas aos poucos retornassem para os campos. É, e a tendência (espero que a atual gestão mantenha o formato) é que a competição no próximo ano possa crescer e tudo em função dessa ação.
Infelizmente um pouco antes do início da competição, Jhonata Carpes foi retirado do cargo pelo qual ocupava e vinha desempenhando muito bem. Mas ele deixou seu legado. O Campeonato Içarense tem condições de novamente crescer. Agora só basta que quem ficou – ou que deve vir – mantenha a mesma forma de trabalho.
O que entristeceu no campeonato deste ano, foram uma série de falhas, como por exemplo adiamentos de jogos com a alegação de chuva, sem que ela ocorresse; restrições aos trabalhos da imprensa; entre outros. Mas, em virtude do trabalho de Carpes, no fim o Campeonato Içarense encerra com um importante ponto positivo.
Real campeão
Infelizmente em virtude das séries de adiamentos sem explicação lógica (primeira rodada adiada por causa de chuva que se quer aconteceu e a final sendo remarcada para o domingo seguinte porque havia previsão de chuva que novamente não aconteceu), não houve qualquer possibilidade que eu me fizesse presença na decisão. Mas acompanhei o campeonato inteiro, sempre sendo mais do que um jogo por rodada, por isso por dizer: título do Real Içara foi merecido.
O Real fez uma campanha simplesmente excepcional. Foram sete vitórias, um empate e nada de derrota ao longo de todo o evento. E muito além de um time de nível técnico elevado, foi uma equipe que se destacou pela forma de trabalho fora dos gramados. Realmente foi merecido.
Mas também vale frisar o desempenho do Barão do Rio Branco, que com muita garra chegou à decisão. Eliminou no mata-mata duas equipes que também investiram pesado na competição, ambos atuando fora de casa: EC Presidente Vargas e Vila Nova. Por conta disso, o plantel do bairro Aurora também merece todos os aplausos pelo desempenho.