Você sente que a vida não é suficientemente boa? Não consegue se entusiasmar com nada? Nada te motiva ou parece interessante? Bem, é comum que a maioria das pessoas já tenha sentido isso em um ou mais momentos no decorrer da vida. Mas, o que há por trás dessa insatisfação toda?
Muitas pessoas buscam se preencher com diversas coisas, como por exemplo, bebidas, comidas, cigarro, parceiros, drogas, às vezes em excesso, compram compulsivamente, etc. Mas nunca sentem-se preenchidas e completas. Mas por quê? Bem, porque não são exatamente essas coisas que preenchem o ser humano.
Nós vivemos em uma sociedade que prega o consumo desenfreado, precisamos sempre possuir carro do ano, reformar a casa ou comprar uma nova, comprar os sapatos e roupas da moda, o celular ou televisão mais modernos, atingir o corpo ideal, o cabelo, etc. E quando não conseguimos concretizar alguns dos nossos planos, acabamos por nos frustrar. Mas como você lida com frustração? Já ouviu falar em resiliência? Resiliência é a capacidade do indivíduo em lidar com problemas, superar obstáculos, ou resistir à pressão de situações adversas, ou geradoras de estresse, tendo condições de enfrentar e superar essas adversidades.
Porém quando uma pessoa não sabe administrar suas emoções, e a frustração é uma delas, pode encontrar dificuldade em cultivar vínculos e com freqüência desgastar emocionalmente, até mesmo, aqueles com quem convive.
Voltando a insatisfação e os excessos, podemos partir do pressuposto de que todo excesso esconde uma falta, então, questione-se sobre o que você realmente tem buscado? Será que tem buscado de forma saudável? Qual a origem da sua insatisfação? Enquanto um indivíduo buscar se satisfazer com bens materiais e demais excessos citados anteriormente e não parar para analisar o que de fato está lhe faltando, provavelmente nunca estará satisfeito.
Gastamos tanto tempo com tantas coisas por vezes até desnecessárias, que esquecemos de olhar para dentro de nós mesmos, para a origem de nossas insatisfações e qual a nossa responsabilidade perante elas. Então lhe convido a separar um tempo para olhar para você mesmo, e ao invés de investir em tantas insatisfações, invista em você. Se necessário busque auxílio profissional. E lembre-se: “Eu não sou o que me aconteceu. Eu sou o que escolho me tornar.” (Jung)
Sarahuana Lourenço
Bacharel em Psicologia e Psicoterapeuta Corporal – CRP 12/14609