Por Alexandra Cavaler
A divulgação do relatório de balneabilidade (Nº20) de praias e balneários da região, feito pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), acabou gerando preocupação em moradores e veranistas da Lagoa dos Esteves, em Balneário Rincão, uma vez que foi registrado que o ponto próximo ao trapiche está próprio para banho no que se refere à presença de contaminação fecal, mas apresenta floração de algas, fator que pode comprometer a qualidade da água.
Segundo Ibanez Zanette, coordenador Regional do IMA, essas algas são proliferações naturais e que acontecem em alguns momentos nas margens das lagoas e é importante evitar o contato com ela diretamente. “De fato, ainda não conseguimos identificar o motivo pelo qual ocorreu o surgimento destas algas no mês de novembro de 2024. Hoje, aparentemente, não há a presença das mesmas na referida lagoa, mas seguimos com o monitoramento e com uma observação nos relatórios como forma de alerta caso as algas reapareçam. Inclusive, a gente segue fazendo várias análises”, explicou Zanetten, acrescentando que quando o assunto é contaminação fecal a lagoa dos Esteves está pata para banho.
O que diz o relatório nº 22
“A Lagoa conta com um ponto de monitoramento, próximo ao trapiche, os resultados desse ponto podem ser vistos no histórico de balneabilidade encontrado no site. Dadas as informações e imagens recebidas em outubro e novembro de 2024, foi perceptível a presença de floração de algas em alguns pontos da Lagoa. Em conjunto com técnicos da regional de Criciúma, foram amostrados mais quatro pontos na Lagoa, ensaiados no Laboratório parceiro IPARQ, compreendendo cinco coletas consecutivas, os resultados indicaram valores não significativos de contaminação fecal”, diz o documento.
O relatório ainda revela que todos os pontos extras corroboram com ponto monitorado dando propriedade ao banho quanto a contaminação fecal, entretanto visto as condições de luminosidade, temperatura e devido ao adensamento populacional no entorno da Lagoa, é possível que haja um maior aporte de micronutrientes oriundos dos agentes de limpeza (sabões, detergentes…), condições propícias à floração de algas. “Portanto é importante que o usuário verifique se a Lagoa apresenta floração de algas, se existir, solicitamos que se informe à Vigilância Sanitária do Município e se recomenda que seja evitado o contato com as águas da Lagoa”.
Colaboração: jornal Tribuna de Notícias