Depois da emancipação de Balneário Rincão, Içara perdeu seu principal foco turístico, que eram as lagoas e praias. Desde então, busca uma nova vocação no setor. Trabalha-se com a questão da religiosidade, com a construção do Santuário Sagrado Coração de Jesus. Mas, agora, um novo caminho está sendo tomado, em direção ao turismo rural.
A ideia é trabalhada em parceria entre a Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Regional, Epagri e Fundação Cultural de Içara (FCI). Um encontro para ampliar o debate foi realizado na segunda-feira, dia 28, e agora a intenção é apresentar o projeto aos agricultores do município.
“Potencializar as propriedades rurais do município que já desenvolvem trabalhos no âmbito da agricultura familiar. Esta é a proposta, para pensarmos no atendimento direto dos agricultores em suas propriedades, fomentando a economia destes espaços. Pensou-se na criação de uma identidade visual para estas propriedades, além de desenvolver capacitação nas áreas de produção, marketing e atendimento ao turista”, comenta o prefeito Murialdo Gastaldon.
A engenheira agrônoma da Secretaria de Agricultura, Ana Paula Mendes Zanolli, no entanto, frisa que toda a discussão ainda está somente no começo. De acordo com ela, a intenção é de que o projeto seja iniciado na localidade de Morro Bonito (Segunda Linha), já aproveitando toda a movimentação que deve gerar o Santuário Sagrado Coração de Jesus, a ser inaugurado em 2017.
“Agora já demos o pontapé inicial, e vamos passar a conversar com os agricultores desta região para ver o que eles acham da ideia. Aprovando, vamos começar a aprofundar cada vez mais. A principal parte interessada deve ser os agricultores”, entende Ana Paula. Segundo ela, ainda não existe data estipulada para começar as reuniões com as famílias que vivem na área. “Mas será o mais breve possível”, garante.
Ela considera que a zona de turismo rural não deve atrair somente visitantes de outras cidades. “Devem vir de dentro do município mesmo, dos colégios, dos clubes de mães. Eles vão passar a se interessar mais em visitar as propriedades e conhecer melhor como funcionam. Muitas vezes há atividades bacanas, mas que acabam não sendo conhecidas pela falta de um atrativo”, pontua.
Especial Jornal Gazeta