segunda-feira, 13 outubro, 2025
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Hospital São José reforça a importância da prevenção ao tromboembolismo venoso

O Dia Mundial do Tromboembolismo Venoso (TEV), lembrado em 13 de outubro, é um importante momento para reforçar a atenção sobre uma das principais causas de morte prevenível dentro dos hospitais. No Hospital São José, em Criciúma, o cuidado com a prevenção e o diagnóstico precoce faz parte da rotina diária das equipes assistenciais, por meio de um protocolo que envolve diferentes setores e profissionais.

 

De acordo com o médico do HSJosé, Dr. Ricardo de Stefani Dalponte, especialista em cirurgia vascular e endovascular, explica que o TEV é uma síndrome que engloba três doenças: a trombose venosa superficial (TVS), a trombose venosa profunda (TVP) e o tromboembolismo pulmonar (TEP), este último potencialmente fatal. Ele destaca que a agilidade no diagnóstico é fundamental para evitar complicações do problema.

 

“Diariamente a equipe de enfermagem realiza avaliações sistemáticas, observando sinais de alerta como falta de ar, dor ou inchaço nas pernas. Essas informações permitem identificar precocemente pacientes com risco de desenvolver tromboembolismo venoso, garantindo o início rápido do tratamento. Quanto mais cedo começamos a anticoagulação, menores são as chances de agravamento e complicações. O tempo faz toda a diferença”, reforça o especialista.

 

A principal causa do TEV, conforme o médico, está relacionada à imobilidade prolongada, comum em pacientes hospitalizados. “Ficar muito tempo parado favorece a formação de coágulos. Por isso, a prevenção é tão importante e pode ser feita de duas formas: mecânica, com uso de meias elásticas e dispositivos de compressão, e farmacológica”, explica Dalponte.

 

Compromisso com a qualidade e a segurança

Para tornar essas práticas mais seguras e eficazes, o Hospital São José implantou um protocolo institucional de TEV, que se tornou um diferencial da instituição. O modelo envolve o trabalho integrado de diferentes profissionais (entre eles médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e farmacêuticos), com revisões mensais de casos e análise dos fatores que podem ter contribuído para o surgimento de cada evento.

 

“Todo final de mês fazemos uma revisão dos casos identificados. Discutimos se houve falhas no processo, se algo poderia ter sido evitado e o que pode ser aprimorado. Esse olhar contínuo é o que nos permite reduzir riscos e melhorar o cuidado”, destaca o cirurgião vascular.

 

Papel da farmácia clínica

Dentro desse protocolo, o papel da farmácia clínica é muito importante. De acordo com a farmacêutica do HSJosé, Gracilene Pagani Dagostim, o setor acompanha diretamente os pacientes com maior risco para TEV, monitorando o uso adequado dos anticoagulantes durante a internação. Caso um paciente com indicação não esteja recebendo o medicamento, é feita uma intervenção imediata junto ao prescritor.

 

“O objetivo é garantir que o tratamento preventivo esteja sendo corretamente seguido e que nenhuma etapa do cuidado passe despercebida. Esse acompanhamento é o que assegura mais qualidade e segurança ao paciente”, destaca.

 

Além da atuação interna, a farmácia clínica do hospital mantém busca ativa no pós-alta de pacientes submetidos a cirurgias de maior risco, como gastroplastia e artroplastias de quadril e joelho. O contato é realizado por telefone, nos dias seguintes à alta, para verificar se o paciente segue corretamente o uso dos medicamentos e se apresenta sintomas como dor, inchaço ou falta de ar. “Essas informações são registradas no prontuário e servem para um acompanhamento contínuo. O cuidado com o paciente não termina quando ele sai do hospital”, explica Gracilene.

 

O protocolo TEV do Hospital São José é hoje um exemplo de integração entre setores e de compromisso com a segurança do paciente. A análise constante de resultados, a comunicação entre as equipes e a atualização dos processos são pilares que sustentam essa prática.

 

“A atuação multidisciplinar, desde a elaboração até a revisão dos protocolos, garante que o paciente receba um atendimento completo e seguro. Esse é o verdadeiro diferencial do hospital”, conclui a farmacêutica.

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