O verão, que está chegando ao seu final, foi marcado por temperaturas mais amenas na região, em relação às temporadas anteriores, tanto as máximas quanto as mínimas sendo inferiores à média histórica. Entretanto, a menor exigência de uso de aparelhos como o ar-condicionado não fez com que o consumo de energia elétrica reduzisse.

Na área de atuação da Cooperaliança, houve o inverso: o consumo manteve uma crescente. “Pelos registros que nós temos até o momento, vamos terminar esta temporada com aumento considerável no consumo na área em que atendemos”, afirma o engenheiro eletricista da Cooperaliança, Edmilson Maragno.

A cooperativa é uma das principais concessionárias de energia elétrica da região e atende, além de Içara, o Balneário Rincão e também áreas de Araranguá e de Jaguaruna, com mais de 36 mil unidades consumidoras.

Maragno diz que há explicações para o crescimento da demanda. “Anualmente, sempre há novas unidades sendo atendidas. Mas uma situação que a gente pode lembrar é que, depois de um período de recessão, a indústria voltou a crescer e automaticamente há um maior consumo de energia”, coloca.

Adotado em boa parte do Brasil na tentativa de reduzir o consumo de energia elétrica, o Horário de Verão terminou nesse sábado, mas a iniciativa tem pouca influência nos quilowatts/hora consumidos na região.

“Isso acontece porque temos uma característica sazonal, sendo a demanda flutuante. Durante o inverno, o maior consumo se concentra na cidade, enquanto no verão a carga maior é nas praias. E como nós atendemos uma área grande de praia, então a diferença acaba nem existindo. Reduz de um lado e aumenta de outro”, informa o engenheiro.

Enquanto isso, o gerente regional da Celesc em Criciúma, Matheus Nascimento, destaca que há expectativa que aconteça uma redução na quantidade de energia utilizada por consumidores atendidos pela empresa. “A tendência é que aconteça esta redução de forma geral”, estima.

Especial Jornal Gazeta