Grupos de apoio ajudam quem deseja parar de beber

Maria (nome fictício), mãe de Samuel (nome fictício), tenta desde 2001 uma solução para afastar o filho do vício do álcool. A moradora de Içara percebeu a doença no filho, ainda no início da adolescência dele, aos 16 anos. E logo buscou tratamento para o rapaz, que não foram bem sucedidos. “A partir do momento que eu não conseguia mais conduzir a situação sozinha, procurei ajuda na Subsecretaria (de Políticas Públicas sobre Drogas de Içara), e indicaram internação”, lembra Maria.

Entretanto, hoje ela desacredita dessa forma de tratamento. “Eu não acredito mais em internação, nem na compulsória e nem de livre e espontânea vontade. Porque ele sempre fugia, arrumava confusão para ser expulso. Na última, que foi compulsória, ele não ficou nem dois meses”, relata.

Terapia familiar

Diferente de Samuel, a mãe participa das ações oferecidas pela Subsecretaria. “Participo do grupo de terapia familiar e me ajuda muito, porque a gente vê que não é a única, que não está sozinha”, comenta. A rede de saúde pública do município promove os grupos de apoio, recuperação e orientação de famílias e alcoólatras. Para os que buscam tratamento do vício, há os Alcoólicos Anônimos, enquanto as famílias podem participar do programa de Terapia Familiar, ministrado pela psicóloga Rainilde Luciano.

“São feitas conversas com os participantes. No de Terapia Familiar, a psicóloga faz orientações. Ela orienta, principalmente, as famílias como proceder nesses casos. E ajuda, principalmente as mães, que não sabem como agir quando têm filhos, esposos viciados. Acabam se culpando, muitas vezes até ficando doentes”, explica a coordenadora da subsecretaria, Mara Rubia Scremin.

Atendimentos também são feitos de forma individual

Além dos grupos de apoio, a rede pública de saúde do município também oferece atendimentos individuais aos alcoólatras, conforme a coordenadora da Subsecretaria de Políticas Públicas sobre Drogas de Içara, órgão localizado no bairro Cristo Rei. “Nós da subsecretaria encaminhamos as pessoas que nos procuram ao grupo de apoio, o Alcoólicos Anônimos. E também temos atendimentos individuais com psicóloga, e também com a psiquiatra Renata Goudo”, informa Mara Rubia Scremin.

Os grupos têm reuniões em dias e locais diferentes. O Alcoólicos Anônimos tem frequência de encontros semanalmente, às segundas-feiras, no Salão da Igreja Matriz São Donato, no Centro de Içara, a reunião ocorre às 20h. Já a Terapia Familiar realiza encontros mensalmente, em datas que dependem do mês. A próxima reunião está agendada para 13 de março, às 13h30, no segundo piso do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), no bairro Cristo Rei. O encontro é acompanhado pela psicóloga Rainilde Luciano.

 

Especial Jornal Gazeta

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