O Governo de Santa Catarina, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Economia Verde (Semae), apresentou os detalhes do processo de Transição Energética, que está sendo elaborado para começar no sul do estado, durante o evento Radar Pocket, promovido pela FIESC, na Associação Comercial e Industrial de Criciúma (Acic). O principal objetivo do encontro era debater os desafios a serem enfrentados pelas indústrias na direção de emissão zero de carbono. O secretário de Meio Ambiente e Economia Verde, Guilherme Dallacosta, foi convidado para abrir o evento.
“Fizemos questão de participar do evento para trazer tudo que o estado vem fazendo em relação à implementação de políticas públicas estaduais para fomentar a transição e também como atender a necessidade de reduções de emissões frente a atual matriz energética catarinense. Já estamos em fase de contratação da Pesquisa Aplicada para a construção de Modelo Estadual de Plano de Transição Energética Justa”, afirmou o secretário.
Durante sua fala, ele destacou que a adaptação de uma matriz energética ao uso de fontes renováveis depende de três grandes processos: a descarbonização, a descentralização e a digitalização. E que no contexto brasileiro, é preciso incluir ainda mais dois, o desenho de mercado e a democratização, que o secretário chamou de: os 5 Ds da Transição Energética.
DESCARBONIZAÇÃO – Substituição fontes/tecnologias de energia de alta emissão de gases de efeito estufa pelas de baixa emissão;
DIGITALIZAÇÃO – Desenvolvimento de novas soluções tecnológicas para aumentar a eficiência e ampliar o acesso;
DESCENTRALIZAÇÃO – Difusão da geração elétrica distribuída além da geração pública e empresarial;
DESENHO DE MERCADO – Garantia para que as negociações realizadas sejam eficientes e com a melhor alocação de custos e riscos entre os agents;
DEMOCRATIZAÇÃO – Empenho para que o acesso a energia de qualidade seja para todos, contribuindo para uma expansão econômica e do bem-estar.
“Com a descarbonização dos processos de geração, distribuição, armazenamento e uso de energia ainda temos que garantir a justiça social e energética, a sustentabilidade, a equidade e o bem-estar de todos”, complementou Dallacosta.