Fórum amplia debate sobre violência contra a mulher

O Dia Internacional de Combate à Violência Contra as Mulheres foi celebrado em Içara com o 1º Fórum da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência. O evento organizado pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), em parceria da Fecam e municípios da Amrec, ocorreu no auditório da Matriz São Donato.

O objetivo central do encontro foi estabelecer um protocolo no fluxo de atendimento à mulher vítima de violência e fortalecer a rede com todos que atendem essa demanda. Outro ponto debatido foi o incentivo e motivação pela busca do suporte psicossocial. “Todo trabalho tem por base garantir o direito dos cidadãos. Enquanto não acabamos com este mal, que todas encontrem conforto e atendimento em nossos serviços”, coloca o secretário de Assistência Social, Habitação, Trabalho e Renda, Ademar Pires. “É importante que as denúncias sejam feitas, pois o trabalho realizado é com certeza bem feito”, complementa a escrivã da policia civil de Içara, Ludmila de Oliveira Daufemback.

A primeira dama, Ceneli Freitas Gastaldon, lamentou os números ainda existentes de casos contra a mulher. “A ação é bastante interessante, mas é triste se pensarmos que em pleno século 21 ainda precisamos discutir esse assunto”, pontua. Já Geórgia Bolsoni Serafin, esposa do vice-prefeito, alertou para a violência psicologia. “Os traumas psicológicos são tão graves quanto os físicos. Eles não deixam cicatrizes visíveis, mas formam marcas que dificilmente serão apagadas. Precisamos nos valorizar, viver com amor e não aceitar a violência”, emenda.

A palestrante e assistente social da Fecam, Janice Merigo, além de discorrer sobre o tema central, colocou que o trabalho feito em Içara é referência em políticas de assistência social no estado. “Sempre que nos procuram para obter informações indicamos o município de Içara como um bom exemplo”.

No Brasil, os números aumentam todos os dias. Na cidade, até o momento, foram acompanhados mais de 40 casos pela equipe multidisciplinar. “Sabemos que o número é maior, mas muitas pessoas não denunciam por conta do medo”, ressalta a coordenadora do Creas, Lúcia Pizzetti.

Segundo dados do Serviço de Proteção e Atendimento a Famílias e Indivíduos (Paefi), a maioria dos casos de violência contra a mulher, identificados no município, já apresentam um histórico anterior de violência doméstica na fase da infância e adolescência. Do número de agressões registradas, a maioria tem ligação com o consumo de álcool ou drogas e uma grande parcela das mulheres que sofrem violência alega que não rompe o vínculo com o agressor, devido à dependência econômica ou fator emocional.

 

Colaboração: Imprensa PMI

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