Por Alexandra Cavaler
As quadrigêmeas Maressa, Hanna, Rebecca e Haaby marcaram a história de Criciúma desde a descoberta que quatro bebês estariam para chegar, juntinhas. Ao nascer, mais uma vez comoveram a cidade, a região, todo o estado e até o país. A família contou com a colaboração e a ajuda de muitas pessoas e hoje, mais uma vez, necessita de apoio. Uma das meninas, Maressa, precisa de fórmula específica para se alimentar e também vai passar por uma cirurgia de correção do quadril.
Cláudio Roberto Garcia, pai das pequenas, é policial aposentado e se dedica integralmente a cuidar das meninas. Ele explica melhor as atuais necessidades da família. “A Maressinha vai fazer uma operação de quadril. A princípio ia ser uma operação mais complexa, porque os dois ossos já estão deslocados do quadril, o que segundo a médica já está bem avançada. Uma vez que o normal para o deslocamento é de no máximo 30 e o dela está com 45 de um lado e 62 do outro, ou seja, bem deslocados. Agora estamos esperando o convênio dar o aval para fazer essa operação, que graças a Deus não será mais tão agressiva. Será feito um paliativo acompanhado de fisioterapia para ver se volta ao normal, pois no quadro dela (paralisia cerebral) essa condição é normal que aconteça. Ainda assim, depois do procedimento nossa menina vai precisar de uma cadeira específica para locomoção e para ela ficar mais sentada, pois ultimamente ela tem ficado mais deitada na cama, e também uma cadeirinha para tomar banho; hoje ela não tem nada disso. Até porque isso tem custo e eu não tenho condições pra pagar. É bastante complicado”, declarou o pai angustiado.
Alimentação
Além das necessidades relacionadas à cirurgia, a pequena Maressa também precisa de uma fórmula especial para se alimentar: “Fortini plus sem sabor”. “Sobre a aliamentação ela está tomando o Fortini plus sem sabor. Ela não toma com sabor, que tem um custo menor, mas ela não se adaptou. O sem sabor chega a R$ 90,00 dependendo da farmácia, e a Maressa toma no mínimo uma lata por dia, então pra mim é complicado porque se colocar na ponta do lápis dá mais de sete latas por semana. Inclusive estou tentando trocar o leite, mas ela não tá aceitando. E devido à paralisia cerebral ela não consegue degustar comida sólida ainda. Já levei em alguns profissionais que me disseram que esse processo é bem demorado”, ressaltou Claudio.
Como ajudar:
Pix do papai: CPF 746.266.989-72
As ajudas praticamente cessaram
O pai das quadrigêmeas revela que assim que as meninas nasceram e a família passou por um turbilhão de situações as pessoas ajudavam sempre. “Na época recebemos ajuda de todos os lados, mas hoje as coisas estão mais calmas, passamos por todo aquele momento de euforia, tristeza e comoção, já não recebemos apoio como antes. Claro, isso até é normal e eu sou grato demais por tudo o que fizeram por mim e pelas minhas filhas, mas eu sigo aqui com elas e ainda na batalha. Algumas pessoas ainda me ajudam, mas precisei trocar de endereço, pois o aluguel ficou caro, então passe a morar com a minha tia, ela que me ajuda com as meninas bem como os meus irmãos, porque não tenho como morar em outra cidade. Todo o acompanhamento delas é aqui: creche, médico. Também estou esperando uma vaga na Apae para a Rebeca, que é autista, e para a Marissa para esse ano. Até para que elas tenham um acompanhamento adequado, melhorem a qualidade de vida, socializem mais.
Colaboração: jornal Tribuna de Notícias