Estado retoma o processo de elaboração do PRI em Saúde

Tendo como principal objetivo o fortalecimento da gestão estratégica municipal e estadual do SUS para a coordenação do processo de planejamento em saúde de maneira regional e aprimoramento da governança macrorregional do SUS, o governo de Santa Catarina, por meio do secretário-adjunto da Saúde, Diogo Demarchi, dá continuidade ao processo de elaboração do Planejamento Regional Integrado (PRI). O encontro, que contou com a participação de aproximadamente 150 profissionais da área da saúde da Amrec, Amesc e Amurel, encerrou ontem no auditório da Esucri.

Segundo Demarchi, o Planejamento Regional Integrado é um processo estratégico que contribui na concretização do planejamento ascendente do SUS. “Nele são definidas as prioridades e responsabilidades sanitárias comuns estabelecidas entre gestores de saúde de uma determinada Região de Saúde, visando à integração da organização sistêmica do SUS para a garantia do acesso e da integralidade da atenção. A ideia, nestes encontros, é fazer uma discussão relacionada às dificuldades e desafios das três regiões de saúde que compõem a macrorregião Sul, em todos os contextos possíveis da saúde, obviamente com um foco muito grande na questão do acesso aos serviços de média e alta complexidade. Também passamos pela atenção primária, vigilância de saúde, assistência farmacêutica, porque a integralidade do cuidado ao cidadão se dá no todo, mas, naturalmente, a maior discussão acaba se dando na rede de atenção, focada nos serviços de média e alta complexidade que envolvem os hospitais da região”.

Ainda no que tange os serviços nos hospitais da região, o secretário-adjunto menciona que a macrorregião Sul conta com vários prestadores, com desafio enorme de fluxo de pacientes e de acesso, assim como nas demais regiões e no Brasil como um todo.

“Por isso, esse encontro está contemplando as equipes das secretarias, que junto com a Secretaria Municipal, Estadual e o Governo Federal, compõem os gestores que lidam com o planejamento para a execução da política pública. Nós convidamos também os consórcios intermunicipais de saúde, que são um braço que apóiam nesse sentido. Cada município trouxe parte da equipe ou o gestor. Estamos com a equipe da Secretaria de Estado da Saúde e a equipe central também veio participar desse momento até para que a gente possa entender as demandas e que essa discussão possa avançar”.

Metodologia dos dois dias de encontro

Na manhã de ontem foi realizada uma apresentação e discussão geral para o grande grupo; os mesmos foram divididos em três grupos de trabalho no período da tarde; e hoje acontece o encerramento. Um novo seminário será feito no mês de novembro. “Utilizamos uma metodologia que o hospital que nos apoia, de excelência de São Paulo, com a coordenação da Secretaria de Estado, com o apoio dos municípios e do Ministério. De manhã nós fizemos um momento de apresentação relacionado à metodologia e os conceitos do que nós chamamos de Planejamento Regional Integrado, que basicamente é planejar de maneira regional as ações e serviços de saúde para que nós tenhamos padrão e possamos otimizar os serviços, qualificar a assistência para a população. À tarde, em grupos, os debates levaram ao consenso relacionado aos macros-problemas, por região e por macrorregião. Então, nós estamos fazendo essa discussão com a perspectiva de que até o final do ano, aqui na macro sul tenhamos uma definição das grandes metas, para depois desdobrar isso nas ações e monitoramento, ou seja, é um trabalho contínuo, que deve direcionar muito o investimento do próprio governo estadual”, enfatizou Demarchi.

Municípios comentam o PRI

“Este é um evento importante e a nossa é a primeira região a fazer esse planejamento regional do Ministério da Saúde, Secretaria de Estado da Saúde com todas as superintendências daqui, mais os municípios das três regiões, discutindo os vazios assistenciais, aquilo que vai se planejar para executar, por exemplo, trazer serviços para nossa região. Enfim, tem uma série de ações e é muito importante essa integração do sistema único de saúde que é tripartite”, avaliou o secretário de Saúde de Criciúma, Acélio Casagrande.

Já a coordenadora da atenção básica de Içara, enfermeira Shirley Gazola, destaca o planejamento como um todo. “Esse encontro à elaboração do PRI vai nos oferecer um  planejamento para ser adotado de forma mais regionalizada. Nós estamos aqui para entender como que funciona a realidade de todos os municípios, das regionais e, também, conseguir pontuar dentro de tantas prioridades o que é que está mais deficiente na nossa região. Para, a partir daí, pensar em estratégias de como melhorar pensando no todo”, assinalou.

Alexandra Cavaler- Jornal Tribuna de Notícias

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