Depois de vários adiamentos, o Governo do Estado mantém para 2017 a previsão de entrega da Via Rápida, que vai ligar Criciúma à BR-101, em Içara. E no momento, está justamente na cidade o maior entrave à conclusão das obras, pois os moradores de Poço Oito reclamam que, pelo projeto original, perderão o acesso à rodovia federal. Uma alternativa chegou a ser apresentada à comunidade pelo Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), mas não foi aceita.
A proposta era criar um acesso alternativo, para pedestres e veículos de pequeno porte. “Infelizmente, o pessoal não aceitou o projeto, que previa a construção de um túnel, com capacidade para passar pedestres e carros. A principal reclamação é de que, com a Via Rápida, os moradores não conseguiriam chegar à igreja e ninguém vai à igreja de caminhão”, afirma Lourival Pizzolo, superintendente regional do Deinfra.
Segundo ele, o órgão ainda vai buscar um entendimento com os moradores. “Mas se não for aceito, o projeto poderá ser executado como está. O que não podemos é deixar de fazer a obra, que vem num ritmo bom e esperamos concluir até o fim de 2017”, aponta. Outro impasse à implantação da rodovia diz respeito às indenizações aos proprietários de áreas desapropriadas, já que muitos não concordaram com o valor apresentado pelo Deinfra e, além disso, houve atraso nos pagamentos aos donos das terras.
“A questão das desapropriações foi resolvida, restam apenas alguns casos que estão na Justiça, mas não vai ter mais entraves por causa disso”, garante Pizzolo. “Esperamos que a Via Rápida saia em 2017, talvez antes mesmo do fim do ano. Ainda está semana fizemos uma vistoria nas obras e há um bom trecho com asfalto novo”, informa o secretário executivo da Agência de Desenvolvimento Regional, João Fabris.
Especial Jornal Gazeta