Duas pessoas foram presas temporariamente em Içara nessa segunda-feira, dia 27, durante a operação Rota Proibida, deflagrada no Rio Grande do Sul e que contou com o apoio da polícia catarinense. A ação teve como alvo uma quadrilha especializada em roubo de carros e, além das prisões, na cidade resultou na apreensão de armas, munições e material usado na adulteração de veículos roubados.
Conforme as investigações, os automóveis eram roubados no estado vizinho e enviados para a região, onde eram clonados e revendidos ou desmontados para a venda de peças. “Foi identificada uma quadrilha, cujos chefes, de dentro do presídio, ordenavam que haveria o roubo de determinados veículos, que depois eram trazidos para o município, onde eram desmontados”, explica o delegado responsável pela Comarca de Içara, Rafael Iasco.
“Durante as investigações da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, foi apurado que algumas empresas de Içara utilizavam essas peças e até mesmo ‘esquentavam’ esses carros roubados com peças boas”, conclui o delegado.
“As investigações começaram em julho deste ano, após a prisão em flagrante de um elemento da quadrilha, por receptação de um veículo roubado em Canoas (RS). Ele foi preso em Osório (RS). A partir da prisão, conseguimos identificar uma rota de veículos que eram roubados e transportados para Santa Catarina, principalmente para o município de Içara”, conta o investigador Ricardo Costa, da Polícia Civil gaúcha.
Ele diz que, com o aprofundamento das investigações, foi possível identificar a participação de criminosos bem conhecidos de Içara e da região, que estão inclusive cumprindo pena em presídios de segurança máxima no Rio Grande do Sul. “Foi uma investigação qualificada e com as prisões conseguimos desmantelar uma verdadeira organização criminosa, responsável por 20 roubos (em média a cada mês) na Região Metropolitana de Porto Alegre”, comemora Costa.
Especial Jornal Gazeta