Preso desde a última sexta-feira por suspeita de estupro a uma menina de 11 anos, no dia anterior, em Cocal do Sul, um empresário criciumense de 38 anos pode ter feito, pelo menos, mais duas vítimas em Balneário Rincão. De acordo com a Polícia Civil, o último caso foi registrado no dia 4 de agosto, tendo como vítima uma adolescente de 15 anos. Antes disso, no ano passado, outra garota também teria sido abusada pelo mesmo acusado.

Conforme o responsável pela delegacia rinconense, Leandro Klug, o depoimento da adolescente que foi abordada no bairro Pedreiras cita detalhes semelhantes ao crime cometido em Cocal do Sul. “Ela foi conduzida até uma casa, onde foi abusada e, na sequência, liberada. São as mesmas características do acusado, além do uso de um carro preto, cujos detalhes são semelhantes ao caso que vitimou a menina de 11 anos”, salienta. 

A jovem já foi ouvida pelas psicólogas do Centro de Referência Especializada em Assistência Social (Creas). “O depoimento dela aponta para que seja o mesmo autor do crime. Agora trabalhamos para documentar tudo isso”, explica Klug, frisando que outro caso será averiguado. “É possível que ele tenha atuado há dois anos na cidade. Não é uma afirmação, mas estamos investigando e as semelhanças levantam, sim, fortes suspeitas”, afirma. “Temos que trabalhar dentro da legislação para que, se houver confirmação, haja um julgamento justo”, destaca o policial.

Rede de pedofilia é investigada

Assim que mais detalhes são revelados, aumenta a hipótese da participação do suspeito num esquema de pornografia ilegal. “A vítima de Balneário Rincão relatou a mesma situação. Logo que registrou a ocorrência, ela informou que o acusado a teria fotografado também. A única diferença é que, nesse caso, o fato foi menos traumático do que em Cocal do Sul”, aponta o policial, citando que a garota foi obrigada a fazer várias poses. “Esse tipo de ação é comum em redes de pedofilia”, destaca Klug.

Havia uma informação de que o empresário teria cometido dois estupros no mesmo dia, o que não se confirmou. “A princípio os crimes aconteceram em duas quintas-feiras seguidas, e não no dia 11, quando ele abusou da menina de Cocal do Sul”, conclui o investigador. Além de ir pessoalmente à delegacia, possíveis vítimas podem relatar outros casos através do Disque Denúncia, pelo telefone 181.

Especial Jornal Gazeta