Alguns trabalhadores receberam a primeira parcela do 13º salário neste mês e devem receber o restante em dezembro. Já outros receberão o dinheiro extra apenas no último mês do ano. Mas, independente da forma como ocorre o recebimento do direito assegurado a quem tem carteira assinada, é preciso ter consciência sobre o destino do recurso.
Mas qual é a forma correta de se utilizar o dinheiro do 13º? O professor Jorge Antônio Marcelino, da Unesc, especialista na área de economia pessoal, dá algumas dicas de como proceder para aproveitar bem a bonificação.
“O primeiro passo é separar este valor do salário normal, para que não se tenha qualquer dúvida. Ou seja, pega o salário normal e usa para as despesas do mês. E faz um planejamento separado para o 13º”, indica Marcelino.
A partir disso, o caminho é definir as prioridades. “A pessoa tem que determinar o grau de importância e, naquilo que for mais importante, aplicar o dinheiro. Porém, recomendo que esta seja uma discussão em família”, aponta o economista.
Quanto ao que é considerado como prioritário, Marcelino afirma que isso é uma avaliação que depende de cada um. “Se a família acredita que neste momento o prioritário é fazer uma viagem, que se utilize este dinheiro para isso, o importante é que não se arrependa depois”, ressalta.
Ele orienta que, se a escolha for quitar as dívidas, deve-se começar pelas mais caras, como cheque especial e cartão de crédito. “Há também a possibilidade de guardar o dinheiro, pensando nas contas de início de ano, que não ficam no nosso cronograma normal, como material escolar e IPTU”, lembra.
O economista, no entanto, recomenda que, independente do que for considerado como prioridade, pelo menos 30% do valor seja guardado, com o objetivo de cobrir alguma dívida que possa surgir.
Especial Jornal Gazeta