O Criciúma passa por uma “fase” horrível na Série B, se é que podemos chamar de fase, já que são 4 anos que vemos nosso tricolor do Estado passar vergonha, atrás de vergonha em todos os campeonatos em que participa. O clube perdeu o respeito, tem um quadro societário insignificante, patrocínios que não cobrem as despesas, uma categoria de base sem investimentos e uma equipe principal emocionalmente abalada.
A diferença entre o segundo e penúltimo colocado
O Criciúma enfrentou o Atlético Goianiense nesta última sexta feira e uma pergunta me vem à cabeça. O que difere estas duas equipes em lados tão opostos na Classificação? O elenco do Atlético é extremamente limitado, não tem nenhum craque, algo que foi provado no decorrer da partida onde a equipe carvoeira teve boas chances de gol, porém foi infeliz em uma bate e rebate dentro da área.
Leão de treino
Caíque dever ser o tipo de atleta que muitos chamam no futebol como “leão de treino”. Tal expressão é utilizada para se referir aqueles atletas que arrebentam nos treinos, destacam-se nos coletivos, mas que no jogo, valendo 3 pontos, simplesmente desaparecem. Nesta última partida, mais uma vez este jogador entrou como titular na posição de Daniel Costa. Teve uma participação pífia, foi substituído no segundo tempo, onde aí sim a equipe carvoeira obteve uma certa evolução.
Daniel costa, ruim com ele, pior sem ele…
Waguinho Dias precisa entender que o Criciúma E.C. está em uma situação que não pode errar. Em suas mãos tem como único meia de ligação Daniel Costa e independente de sua fase, o mesmo precisa ser titular nesta equipe a não ser que a diretoria traga outro jogador com estas características de criação no meio campo. Sua lentidão pode ser suprida pela volta de Foguinho que dá mais velocidade tanto no contra ataque quanto na recomposição do setor.
Para quê mudar o que estava dando certo?
Não podemos continuar nos dando ao luxo de jogar em um esquema com três atacantes pelo único motivo de nossos treinadores preferirem esta formação nas outras equipes que atuaram. Foi assim com Kleina, não deu certo e Waguinho vem insistindo no mesmo erro. Cada time tem um elenco que precisa ser taticamente construído de acordo com as peças que se tem. Com o 4-4-2 de Wilsão, tivemos os melhores resultados e tal plataforma necessita ser mantida.
A suspensão de dois meias
A ausência de Eduardo e Liel, suspensos não pode ser motivo para que não se mantenha o 4-4-2. A entrada de Thales na zaga e um avanço de Sandro como primeiro volante no lugar de Liel pode ser uma boa alternativa no momento. Sandro já atuou de primeiro volante em outras equipes e tal posição não deve causar desconforto a este jogador que tem maior qualidade técnica que Mangabeiro e Adilson Goiano.
Precisa contratar
Uma coisa é certa e unânime: precisa-se contratar. Dois nomes que sempre são bem vistos pelo torcedor são Silvinho e Lins. Dois atacantes pelas pontas que tiveram ótimas passagens por aqui e que atuam em posições de grande deficiência da equipe. A diretoria vê inviável tal negociação já que o presidente constantemente declara que a folha do Tigre é muito alta e falta receita para uma contratação deste porte.
Andrew: físico pequeno, alma gigante
Andrew, após uma contusão e ficar esquecido no elenco teve uma boa entrada na última partida. Sua garra e velocidade deram maior ofensividade e perigo à equipe. Jogou melhor que Vinicius, mas em uma equipe que já fará muitas mudanças, deverá permanecer no banco de reservas. Até porque seu retrospecto nos últimos anos vem confirmando que este jogador tem melhor rendimento ao entrar no decorrer da partida.
Namora, namora, mas não beija
Ofensivamente o Tricolor Carvoeiro é refém de inúmeros cruzamentos na área, sem jogadas de infiltração, tabelas. Há quanto tempo que não vemos nossos atacantes cara a cara com o goleiro? Não é a toa que tem a pior média de gols do campeonato dependente de um ataque lento. Leo Gamalho plantado no meio dos zagueiros é presa fácil para o sistema defensivo adversário.
Um jogo de seis pontos
Na próxima terça-feira o tricolor catarinense enfrenta o Guarani que amargou a última colocação na maior parte do campeonato, mas que com duas demissões de treinadores, saídas de dirigentes, renúncia de presidente, passou a ser comandada pelo auxiliar técnico. Thiago Carpini em 6 jogos teve 4 vitórias, tirando a equipe alviverde da zona de rebaixamento. Nosso primeiro turno parecia mais fácil!
Uma ótima semana a todos e até a próxima Cornetada de 2ª.