DPCAMI de Araranguá concluiu inquérito policial que apurou fato ocorrido no dia 07/07/25, na cidade de Araranguá que culminou com duas vítimas hospitalizadas após terem sido atingidas com estocadas de canivete.

O homem que desferiu os golpes era companheiro de uma das vítimas e após uma discussão em que pretendia impor seu controle sobre a mulher, a agrediu com vários socos fazendo-a desmaiar. O cunhado da vítima veio em seu socorro, momento em que foi atingido por um golpe no peito e caiu, sangrando. O homem ainda partiu novamente para agredir a companheira, desferindo duas facadas nas suas costas, causando sangramento intenso e perfuração no pulmão.

O autor ainda se auto lesionou, acreditando que a vítima iria perder a vida, mas ao perceber que a Polícia e o socorro tinham sido acionados, escondeu-se em uma construção nos fundos da casa para evitar a prisão em flagrante.

As vítimas foram socorridas e hospitalizadas, permanecendo internadas por alguns dias.

A delegada titular, Eliane Chaves, representou pela prisão preventiva do autor, sendo o pedido acompanhado pelo Ministério Público e deferido pelo Juízo da 1ª Vara, que expediu o mandado de prisão.

A ordem de prisão foi repassada pela DPCAMI a todos os órgãos das Forças de Segurança Pública da região, para agilizar o cumprimento e assim, o autor foi preso na cidade de Santa Rosa do Sul.

O inquérito policial foi concluído antes do prazo legal de 10 dias e remetido ao Poder Judiciário para que a Promotoria de Justiça analise a possibilidade de fazer a denúncia para deflagrar a ação penal.

O autor foi indiciado por tentativa de feminicídio e tentativa de homicídio, o primeiro com a qualificadora de ter sido praticado na presença dos filhos menores do casal. Outras qualificadoras poderão incidir na denúncia, a depender do entendimento da Promotoria de Justiça.

Estatísticas em Santa Catarina demonstram que aproximadamente 90% dos casos de violência contra a mulher ocorrem dentro de casa, no lugar em que ela deveria estar segura.

A violência contra a mulher, como um problema cultural grave e persistente, precisa ser enfrentado com agilidade e políticas públicas que priorizem os órgãos especializados, não apenas nas grandes cidades, mas também nas pequenas e médias, assim como na área rural.