quinta-feira, 28 novembro, 2024
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Doenças erradicadas podem retornar devido à baixa cobertura vacinal

Por Alexandra Cavaler

 

A coqueluche é uma doença infecciosa aguda, de alta transmissibilidade e distribuição universal, sendo uma importante causa de morbimortalidade infantil um cez que a doença compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza, dentre outros sintomas, por ápice de tosse seca. Já em bebês, pode resultar em um número elevado de complicações e até em morte.

 

Desde 1975 a coqueluche é considerada doença de notificação compulsória, sendo a vacinação sua principal medida de prevenção. Em Santa Catarina, entre 2019 e 2023, foram confirmados 51 casos da doença. A informação consta no boletim informativo divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina em abril deste ano.

 

Segundo as profissionais da Regional de Saúde de Criciúma, Patricia de Carvalho Ortigossa, enfermeira de doenças infecciosas agudas e imunização, e Sara Pavei, epidemiologia, no momento não há casos confirmados na Região Carbonífera. “Temos casos suspeitos, mas ainda não confirmados devido aos exames não estarem prontos”, disse Sara.

 

“A doença está controlada e a possibilidade de retorno, caso ocorra, se deve ao fato das situações vacinais, onde temos bolsões de susceptíveis, decorrente das baixas coberturas das  imunizações principalmente nas crianças menores de 1 ano e surtos em países fronteiras com o Brasil”, explicou Patricia.

 

Imunização é a melhor forma de prevenção

Ainda conforme as profissionais a principal forma de prevenção da coqueluche é a vacinação de crianças menores de 1 ano. “Além da aplicação dos reforços aos 15 meses e aos 4 anos de idade, vacinação de gestantes e puérperas e de profissionais da área da saúde”, ressaltou Sara. O imunizante ministrado é a penta que age contra a difteria, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae tipo b (conjugada); seguida dos reforços da DTP (vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis – tríplice bacteriana).

 

No Calendário Nacional e Vacinação a vacina contra coqueluche para adulto, está disponível para profissionais de saúde e gestante a partir 20ª semana, ou quanto puérpera. Diante do alerta Nacional o Ministério a Saúde emitiu uma nota técnica intensificando e abrindo a vacinação contra a doença, também, aos trabalhadores da educação que tenham contato com crianças de 0 a 4 anos de idade.

 

Nota técnica alerta para surto

Conforme Nota  Técnica Conjuta Nº 70/2024-DPNI/SVSA/MS – existe um alerta de coqueluche devido ao surto da doença na Europa e Asia que somam por volta de 58.000 casos. O Brasil atualmente encontra-se com cobertura vacinal abaixo do da linha de segurança ficando em 77% das criança menores de 1ano vacinadas, quando o deal, de acordo com Sara, é 95%.

 

“A Coqueluche tem uma nota técnica, é a 70 de 2024, que saiu pelo Departamento do Programa Nacional de Imunização e pela Imunopreveníveis, do Ministério da Saúde, referente à situação de alerta na qual o Brasil está, porque a gente tá com baixa cobertura vacinal. E infelizmente, se está notificando casos de coqueluche, principalmente nas crianças menores de seis meses. Lembrando que um dos agravos maiores de coqueluche é a bronquiolite, porque a criança até os 6 meses, às vezes, não consegue tomar o esquema completo para proteger a gravidade da doença” revelou Sara, acrescentando que a baixa cobertura vacinal também envolve doenças como o e a poliomelite, “todas com risco de voltar”.

 

colaboração: jornal Tribuna de Notícias 

Foto: Nilton Alves 

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