As blitze são realizadas pela Polícia Militar por vários motivos, principalmente, para coibir excessos no trânsito. Mas independentemente da situação, sempre entre os objetivos está intensificar a segurança pública. Por conta disso, a corporação ressalta a importância de as pessoas não realizarem a divulgação de pontos de fiscalização que são montados.
“Temos esta preocupação de as pessoas repassarem informações sobre blitze policiais, porque elas acabam em prejuízos à segurança pública. Da mesma forma que esta informação chega às pessoas de bem, que não têm nenhum problema com a Justiça, ela também chega a criminosos, para pessoas embriagadas. Enfim, as pessoas têm que ter ciência de não repassarem esse tipo de informação”, reforça o comandante da Guarnição Especial de Içara (GEIC), tenente coronel Darci Rodrigues Júnior.
A preocupação aumenta principalmente com o crescimento do uso de tecnologia na área de comunicação. Cada vez mais as pessoas têm ficado conectadas. “Não temos conhecimento de casos que aconteceram aqui no município de Içara, até porque esta comunicação é algo muito complicado de ser descoberto. A não ser que a comunicação ocorra em um grupo em que há um policial entre os participantes. Fora isso, é bem difícil de se identificar”, reconhece o oficial.
O comandante da Polícia Militar em Içara considera que quem faz este tipo de divulgação está efetuando um mal a si mesmo e às pessoas que estão ao seu redor. Isso acontece porque reduz a possibilidade de êxito nas operações policiais contra criminosos e contra pessoas que estão cometendo alguma irregularidade.
Punição
Muitas pessoas podem até não saber, mas devido aos prejuízos à segurança pública, repassar informações sobre a realização de blitz é considerado crime. E há punição estabelecida através do artigo 265 do Código Penal, que prevê a possibilidade de reclusão de um a cinco anos, mais multa.
“Dentro da área da GEIC recentemente tivemos uma situação. Em Morro da Fumaça, houve um indivíduo que repassou a informação em um grupo de WhatsApp. Descobrindo isso, foi feita uma denúncia formal ao Ministério Público, que está tomando as devidas medidas”, relata o comandante geral da Polícia Militar em Santa Catarina, coronel Araújo Gomes.
Especial Jornal Gazeta