Pela primeira vez, em Criciúma, o dia 5 de setembro será marcado pelo Dia Municipal de Conscientização e Apoio aos Portadores de Doença de Parkinson. Com quase um ano de funcionamento, o Núcleo de Apoio ao Parkinsoniano, conhecido como Stabile, vem ajudando cerca de 90 pessoas diagnosticadas da Associação de Municípios da Região Carbonífera (Amrec).
O projeto, que recebeu apoio da Prefeitura de Criciúma e da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), tem o objetivo de orientar o portador sobre tratamentos e oportunidades. Além de atuar como uma fonte educacional oferecendo informações e cuidados ao parkinsoniano e sua família.
Diagnosticada aos 37 anos, a presidente da Stabile, Tatiana Fernandes D’agostin Felisbino, afirmou que a doença de Parkinson atinge apenas 1% da população mundial. “Mesmo recebendo o diagnóstico de uma doença que não tem cura, ainda há muito para viver. Queremos deixar claro para o recém diagnosticado que a vida não para por aqui. Queremos ser o porto seguro do bem-estar do portador”, explicou.
Início das atividades
Sem uma sede própria, as atividades do Núcleo iniciaram no Programa de Atendimento aos Portadores de Parkinson (ProPark) da Unesc. Em um evento que contou com a participação de 120 pessoas, a Stabile foi oficialmente lançada no dia 8 de novembro de 2023, com a garantia da Prefeitura de Criciúma de ceder um espaço para a realização dos atendimentos.
Com concessão de uso por 20 anos, a sala fica localizada na rua Anita Garibaldi, no 4° andar do Edifício Central, anexo ao camelódromo, no Centro de Criciúma. Além dos trabalhos de Tatiana, a Stabile conta com apoio do vice-presidente, Pedro Carlos Mendes, diagnosticado com a doença há sete anos.
“Começamos o nosso primeiro encontro com 17 participantes. Atualmente, além dos 90 inscritos, acreditamos que já impactamos o dobro de pessoas indiretamente. É muito gratificante saber que o pouco que estamos fazendo está chegando nas pessoas que realmente precisam de ajuda como nós”, destacou.
Os responsáveis pelo Núcleo de Apoio ao Parkinsoniano também reforçaram que muitas pessoas ainda sentem medo de serem diagnosticadas com a doença. “Tivemos um caso em que um paciente tinha sintomas parecidos, e por muito tempo se negou a fazer os exames. Ele veio até nossa sede, se consultou com nosso neurologista e saiu com diagnóstico de outra doença, que não era Parkinson. Esse é o nosso trabalho, encorajar as pessoas a buscarem apoio e tratamento”, contou Tatiana.
A Stabile, além de promover palestras e eventos de conscientização, desenvolve rodas de conversa a cada 15 dias com uma nutricionista. Além disso, conforme a necessidade dos pacientes, atendimentos com um neurologista parceiro são oferecidos. As consultas ocorrem duas segundas-feiras por mês com agendamento prévio.
Para melhorar ainda mais a experiência dos parkinsonianos atendidos pelo Núcleo, a Stabile projeta a criação de uma equipe multiprofissional, com parcerias de psicólogos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos.
Os atendimentos ocorrem segunda, quarta e sexta-feira, das 9 horas ao meio-dia. Já na terça e quinta-feira, das 13h30 às 17 horas. O contato pode ser feito por meio do telefone (48) 99117-6287, pelo e-mail stabilepk@gmail.com e pelas redes sociais clicando aqui.