Motoristas que aguardam pela conclusão da ponte Anita Garibaldi, em Laguna, se assustaram ao perceberem um desnível de quase 60 centímetros entre as duas partes da estrutura. Engenheiros do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT-SC), entretanto, tranquilizam a população e garantem que a diferença, apesar de não ter sido prevista, não afetará a entrega da obra para maio deste ano.
Na quarta-feira, dia 21, o superintendente do DNIT em SC, Vissilar Pretto, visitou a obra e garantiu que o desnível é "absolutamente normal" – a ponto de não afetar nem o orçamento nem a data de entrega da obra.
“A diferença é facilmente corrigida, puxando os próprios estaios, e é normal em obras de grande porte. Mas essa variação de altura aconteceu inclusive em trechos que já estão concluídos, e não houve nenhum tipo de problema”, explica o engenheiro.
Para Pretto, a obra não apenas é complexa e grandiosa, mas uma "escola de engenharia". Ele conta que cerca de 650 funcionários, entre operários e especialistas, ainda trabalham na ponte. Como trata-se da primeira ponte estaiada em curva do Brasil, o cuidado é redobrado. A construtora Camargo Corrêa, que toca a obra, realiza inspeções semanais na estrutura.
Com quase 3 mil metros de extensão, a ponte deverá resolver um dos piores gargalos no trânsito catarinense. A estrutura diminuirá o fluxo em um dos gargalos mais complexos do trecho sul da BR-101.
De acordo com o DNIT, cerca de 27 mil carros passam diariamente pelo local. Na alta temporada, o trecho entre a ponte e o morro do Formigão, em Tubarão, chega a registrar filas de até 20 quilômetros.
A Anita Garibaldi será a segunda maior ponte estaiada em funcionamento no Brasil, atrás apenas da que passa pelo Rio Negro, no Amazonas, inaugurada há dois anos. As obras da ponte de Laguna começaram em 2012.
Colaboração: Agência RBS/Foto: Caio Marcelo



















