Em meio à repercussão de um jovem criciumense alvo de cyberbullying nas redes sociais devido ao formato da sua cabeça, hoje discutiremos sobre o cyberbullying, um termo em inglês que designa uma prática que envolve o uso de tecnologias de informação e comunicação para dar apoio a comportamentos deliberados, repetidos e hostis praticados por um indivíduo ou grupo com a intenção de prejudicar o outro. Tem se tornado cada vez mais comum na sociedade, especialmente entre os jovens. Atualmente, legislações e campanhas de sensibilização têm surgido para combatê-lo.
A palavra bullying tem origem inglesa e faz referência a bully, que entendemos como “valentão”, aquele que maltrata ou violenta de forma constante outras pessoas por motivos supérfluos. É justamente esse ato de maltratar ou violentar o outro de forma sistemática e repetitiva que é denominado bullying. Falamos de cyberbullying, então, quando a agressão se passa pelos meios de comunicação virtual, como nas redes sociais, telefones e nas demais mídias virtuais.
O assédio virtual pode incluir ameaças, comentários sexuais, rótulos pejorativos, discurso de ódio, tornar as vítimas alvo de ridicularização em fóruns ou postar declarações falsas com o objetivo de humilhar e pode ser considerado tão prejudicial quanto o assédio "tradicional", podendo trazer consequências graves como trauma psicológico, isolamento social, desenvolvimento de problemas relacionados à depressão, podendo até mesmo levar a vítima ao suicídio.
O que contribui para o aumento do assédio virtual nos últimos tempos é a massificação da Internet, especialmente pelo uso entre as novas gerações, pois, no mundo virtual, os assediadores não precisam dar as caras.
Muitas celebridades também têm sido alvo do cyberbullying, atores, cantores, apresentadores de TV, entre outros, tem passado frequentemente por essa situação, estampando o preconceito racial, a intolerância religiosa, e demais formas de preconceito.
É importante frisar que nesse tipo de violência há sempre três personagens principais: o agressor, a vítima e a platéia, que por vezes apóia a atitude do agressor também com comentários ofensivos.
Então, como combater essa cruel forma de violência psicológica? Bem, é importante que os pais e educadores proporcionem um ambiente virtual adequado ao desenvolvimento intelectual, psíquico e social das crianças e jovens, os preparando para futuros cidadãos éticos com senso de responsabilidade e conscientes quanto aos limites e riscos que a internet oferece. É importante que os professores realizem um trabalho de conscientização nas escolas, seja através de palestras ou outros meios, expondo as conseqüências deste tipo de violência, mostrando que não se caracteriza como uma simples brincadeira, mas vai muito além disso, e trabalhando também a prevenção.
Existe também um site que oferece ajuda contra crimes e violações dos Direitos Humanos na internet, contando com suporte governamental e autoridades policiais e judiciais. Eles contam com uma equipe formada por Psicólogos para orientar e se necessário encaminhar essas denúncias. É totalmente gratuito e sigiloso.
Além destas ações, deve-se guardar todas as evidências para que as autoridades ou provedores da Internet possam lidar com a situação de forma adequada. E lembre-se: não hexite em pedir ajuda. Se necessário busque auxílio psicológico.
Sarahuana Lourenço
Bacharel em Psicologia e Psicoterapeuta Corporal – CRP 12/14609