Criminoso de mega-assalto em Criciúma é suspeito de executar delegado em SP

Francisco Aurilio, um dos criminosos investigados pela morte do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, também esteve no mega-assalto em Criciúma (SC) em 2020. Durante o crime em Santa Catarina ele atirou contra o soldado da PM Jeferson Luiz Esmeraldino, que ficou gravemente ferido. O investigado, conhecido como XC, é integrante do grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo a polícia, ele participou da emboscada em Praia Grande (SP), onde Ruy foi perseguido e morto a tiros na noite da última segunda-feira (15).

Execução em Praia Grande

O delegado Ruy Ferraz Fontes dirigia quando colidiu em um ônibus e foi executado pelos criminosos em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Exames da Polícia Científica encontraram material genético de suspeitos em um carro usado no crime. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou nesta quinta-feira (18) que não há dúvidas da participação do PCC na morte de Ruy Ferraz Fontes. Além de Francisco, são procurados Felipe Avelino da Silva, o Mascherano, e Flávio Henrique Ferreira de Souza. A única detida até o momento é Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos, que teria levado de Diadema (SP) o fuzil usado no ataque.

O ataque em Criciúma

Francisco também participou do crime que paralisou Criciúma (SC) em 2020. O assalto, considerado como um das maiores já registrados no Brasil, começou por volta das 23h50 de 30 de novembro e terminou na madrugada de 1º de dezembro. Na ocasião, cerca de 30 criminosos fortemente armados cercaram o centro da cidade, incendiaram veículos, bloquearam acessos, fizeram reféns e roubaram cerca de R$ 125 milhões da tesouraria do Banco do Brasil. Durante a ação, Francisco atirou contra o soldado da PM Jeferson Luiz Esmeraldino, ferindo-o gravemente.

Soldado Esmeraldino

Quatro anos após ter recebido o disparo de fuzil que atravessou o colete e perfurou o abdômen, o policial segue acamado, dependente de cuidados da família. Ele passou mais de dois meses internado, sendo 33 dias em UTI, e foi promovido por ato de bravura em 2021.

A mãe, Sandra Aparecida Nunes, descreveu a luta diária: “O tiro não atingiu só ele, atingiu a família toda. Eu agradeço a Deus por me dar a vitória de cuidar dele”.

Ela também recorda as palavras do filho antes de sofrer uma parada cardiorrespiratória: “Ele falou comigo, disse, ‘mãe, vai dar tudo certo, ora por mim’. E quando chegou de madrugada, ele parou. Ele estava bem agitado, estava meio confuso ainda, como se estivesse na guerra”.

Felipe Avelino, Flávio Henrique e o soldado Esmeraldino. Fotos: divulgação.

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