As comunidades de Içara e Balneário Rincão se depararam com três crimes violentos neste ano. Em maio, o latrocínio cometido contra o dono de um bar; no final do mês passado, a decapitação de uma mulher, cujo corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição; e, na última semana, a morte de um empresário, vítima de um golpe na cabeça.
Além da violência empregada, os dois primeiros crimes possuem outra coisa em comum: nenhum teve desfecho, ou seja, não foram encontrados os responsáveis pelas mortes. Entretanto, a Polícia Civil da Comarca de Içara, que abrange o municipio de Balneário Rincão, está trabalhando nos casos.
O latrocínio (roubo seguido de morte) ocorreu na área central do Rincão. O comerciante sofreu um disparo de arma de fogo, enquanto trabalhava em seu bar. O ato foi cometido por duas pessoas que chegaram ao local em uma motocicleta e fugiram levando uma quantia em dinheiro. “Nós ainda não temos suspeitos”, diz o delegado Rafael Iasco, responsável por conduzir as investigações.
O cadáver da mulher decapitada foi encontrado enterrado próximo a um cemitério, no bairro Pedreiras, em Balneário Rincão. Até o fechamento desta matéria, a polícia ainda não havia encontrado a cabeça da vítima e também não foi possível a identificação através das impressões digitais, devido ao avançado estado de decomposição. Assim, para confirmar a identidade da vítima, será preciso esperar a conclusão do exame de DNA, ainda sem data estipulada para a divulgação do resultado. Junto com a identificação, a polícia tenta chegar ao autor e à motivação para o crime.
No dia seguinte à localização, um homem, cuja esposa estava desaparecida, foi até a delegacia e, após receber a informação de que um molho de chaves foi encontrado junto com o corpo, levou os cadeados da residência do casal, que foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Criciúma. Os técnicos confirmaram que as chaves pertenciam àqueles cadeados.
Solução
A polícia já conseguiu apontar o autor e a motivação para a morte do proprietário de uma floricultura localizada na rodovia Paulino Búrigo (SC-445), no bairro Presidente Vargas, em Içara. No dia 18 deste mês, um jovem de 18 anos se apresentou à polícia e confessou ter matado o empresário de 70 anos, utilizando um pé de cabra no crime. A mãe do rapaz também teve participação, ao ajudar o filho a abandonar o corpo envolto num colchão junto com um móvel, na caçamba de uma caminhonete Ford F-1000, nas proximidades da Corda Bamba, na rodovia Jorge Zanatta.
A polícia chegou até ela porque, na manhã seguinte ao crime, a mulher sacou R$ 2,5 mil utilizando o cartão do empresário morto. Quando houve a prisão, na última sexta-feira, dia 21, a suspeita chegou a acusar outro rapaz pelo assassinato. No carro com o cadáver também estava o neto da vítima, que presenciou o crime. A criança de cinco anos conseguiu se soltar e pedir socorro. “Infelizmente tivemos alguns crimes brutais. Mas foi um ano tranquilo em comparação a outros anos na questão de roubos, furtos e assaltos.”, diz o delegado Rafael Iasco, que aponta redução também nos casos de tráfico de drogas. “Estavam acontecendo roubos, furtos nas residências, mas prendemos quem estava realizando”, afirma.
Especial Jornal Gazeta