Conforme o boletim semanal divulgado na segunda-feira, dia 1, pelo Colegiado Superior de Segurança Pública, os índices de criminalidade seguem em queda no Estado, sendo que os números de homicídios são os menores desde 2016. Os dados comparados entre os dias 1º de janeiro e 1º de abril apontam que em 2019 foram 183 registros, contra 232 de 2018, 285 de 2017 e 252 de 2016. Mas a região vai na contramão dessa estatística.
Depois de experimentar uma redução significativa de casos de latrocínio e assassinatos em 2016 e 2017, no ano passado as comunidades de Içara e Balneário Rincão se depararam com três crimes violentos. Em maio, houve o latrocínio cometido contra o dono de um bar no Rincão. Em novembro, foi encontrado o corpo decapitado de uma mulher – a cabeça foi localizada posteriormente –, também na cidade litorânea. Em dezembro, um empresário içarense foi vítima de um latrocínio e teve o corpo abandonado no próprio carro às margens do Anel Viário, junto com o neto de cinco anos.
Neste ano, já foram registrados casos de latrocínio, feminicídio e homicídio. Em janeiro, um morador do Rincão acabou vítima de um crime arquitetado pela própria filha. Junto com comparsas, ela invadiu a casa do idoso atrás de dinheiro. O homem foi torturado e morto, sendo seu corpo abandonado no interior de Nova Veneza.
Em fevereiro, Içara teve o primeiro caso de feminicídio desde que o crime foi tipificado como tal. Uma mulher foi morta pelo companheiro no bairro Barracão e o acusado ainda tentou simular que se tratava de um suicídio, algo descartado após a perícia. No mesmo mês, um jovem foi espancado e morto a tiros em Esplanada, enquanto um homem foi assassinado e teve o corpo deixado sobre a linha férrea entre os bairros Jaqueline e Tereza Cristina. Já na semana passada, um homem foi morto em Balneário Rincão, resultando ainda na morte por infarto de uma vizinha.
Delegado da Polícia Civil na Comarca de Içara, que abrange também Balneário Rincão, Rafael Iasco avalia que são casos comuns. “Teve um aumento significativo no número de mortes violentas, mas nada que cause pânico à população”, entende. Ele ainda ressalta a resolutividade alcançada pela polícia, ao elucidar os crimes.
Especial Jornal Gazeta