A equipe carvoeira só venceu uma partida na Série B e nesse período marcou apenas quatro gols. Já passou da hora de mostrar mínima evolução, pois a impressão passada no empate por 1 a 1 no último sábado, em casa, é de um time mal treinado, totalmente dependente dos gols de nosso centroavante. Os problemas são os mesmos desde o início da temporada: falta de criatividade, lentidão excessiva na transição, jogadores apáticos e um pífio aproveitamento ofensivo. Antes da parada para a Copa América, o tricolor catarinense tem mais um jogo para tentar mudar o clima e iniciar o período de treinamento com a mínima paz.
Eduardo em baixa?
Um dos poucos jogadores de destaque no fraco elenco do Criciúma de 2018, Eduardo não consegue reeditar as boas atuações e tem sido alvo de críticas de parte da torcida tricolor. Responsável por dar velocidade a um meio campo mais técnico, porém de pouca mobilidade, formado por Daniel Costa e Wesley, este jogador sempre foi conhecido por sua voluntariedade e presença em todas as partes do campo. Todavia não atravessa um bom momento desde sua volta de contusão. Com muitos toques para o lado sem verticalização ofensiva, nosso garoto vem retardando a criação do meio. Seus desarmes, tão importantes para os contra-ataques, estão sempre ligados a faltas inapropriadas seguidos de cartões desnecessários. Kleina precisa melhorar o posicionamento deste jogador, pois com o Eduardo em sua melhor forma o Criciúma ganha muito.
Os desafios de Kleina
Sem tempo para ajustar o time na medida que precisa até terça-feira contra o Brasil de Pelotas, o desafio de Kleina no período de treinos durante a Copa América será grande: aprimorar a transição ao ataque; descobrir uma forma de criar melhor; recuperar Daniel Costa imprescindível para o time e estabelecer um sistema de jogo.
Nosso comandante deve estar ciente que o trabalho até agora não rendeu os frutos que ele planejava. No entanto esta pausa não pode servir apenas de muleta para atenuar a indignação da torcida carvoeira, fatigada de assistir em campo um time apático, sem tesão e que aparenta não compreender o momento do clube.
Precisamos ir às compras
Que o Criciúma precisa de reforços, isto não é dúvida a ninguém. Mas quais seriam as peças necessárias? Para os pessimistas que acreditam que tudo está errado, só uma reformulação total do elenco seria o suficiente para acabarmos com este desastre que está sendo o início do campeonato tricolor. No entanto, em um campeonato onde não existe nenhum time com atletas tão extraordinários, algumas peças novas já contribuiriam para ajustar a equipe. Tendo um goleiro cobiçado por muitos times, uma boa dupla de zaga e um centroavante goleador, as principais necessidades do clube são facilmente detectadas. Um lateral esquerdo de força e qualidade que chegue ao fundo com mais frequência. Um meia de criação, aquele camisa dez que chame o jogo e não se omita nos momentos de dificuldade da equipe além de um atacante pelas pontas que agrida mais e tenha liberdade de jogar por ambos os lados são contratações que precisam ser feitas urgentemente.
Brasil de Pelotas e sua boa fase
Na próxima terça-feira o Criciúma enfrenta o Brasil de Pelotas que após um início de campeonato horrível, vem passando por uma boa fase com três vitórias seguidas. Ótima sequência, mas que não pode mascarar as fracas atuações da equipe gaúcha que não vem apresentando um bom futebol. Cheio de falhas individuais, suas vitórias podem ser atribuídas mais por incompetência dos frágeis adversários enfrentados do que pelo próprio mérito da equipe gaúcha. Não que eu queira diminuir a recuperação do time de Pelotas, mas apenas deixar claro que ganhar deles na serra gaúcha não se trata de nenhuma disputa impossível. Longe disso, é jogo para buscar os três pontos. Como? Cabe ao Kleina nos mostrar. O esquema e mesma equipe que empatou sábado com o Vila Nova acredito que deva ser mantido, pois sem tempo para treinar até terça, os jogadores que vão a campo precisam de confiança.
Dá-lhe Tigre e até a próxima e tão esperada Cornetada de 2ª!