O litro da gasolina custa, em média, R$ 3,49 nos postos da região Sul do Estado. Já o metro cúbico do gás natural veicular (GNV) sai por cerca de R$ 2,29. Além de mais barato, é um combustível que polui menos e, com isso, é cada vez mais procurado por quem quer economizar e ainda cuidar do meio ambiente. Porém, não é apenas para quem o utiliza nos carros que o consumo teve crescimento, já que, conforme dados divulgados pela Companhia de Gás de Santa Catarina (SC Gás), o uso do gás natural cresceu também nos segmentos residencial, industrial e comercial.
Em agosto, foram consumidos 1,804 milhão de metros cúbicos por dia, considerando os quatro segmentos atendidos. O volume supera em todos os setores o consumo no mesmo período de 2015. No setor industrial, onde o consumo de gás é um importante indicador para a produção, o consumo é 5,5% maior quando comparado ao mesmo período do ano passado. O volume consumido em agosto é o maior de 2016, sendo 4,5% a mais do que julho e 21% que em janeiro.
Rodar mais e gastar menos
Seja por quem utiliza o carro como ferramenta de trabalho, a exemplo dos vendedores externos, ou quem usa o veículo como meio de transporte, o preço do litro da gasolina tem levado cada vez mais proprietários de automóveis às oficinas especializadas na conversão para GNV. “Percebemos esse aumento nos últimos meses. Além disso, também cresceu a procura pela regularização do sistema, já que alguns postos passaram a abastecer apenas veículos em que o GNV consta na documentação”, explica o gerente de uma mecânica de Içara, Douglas Alves.
Alguns anos atrás, muitos motoristas não instalavam o kit de gás natural devido à redução da potência dos veículos. “Com o sistema de quinta geração, que faz com que o combustível seja injetado e não mais aspirado, isto não acontece. Assim, as vendas aumentaram, já que, além de garantir a potência, o novo kit também gera ainda mais economia”, enfatiza.
Custo
A conversão custa a partir de R$ 2.990, considerando a instalação de um cilindro com capacidade para 7,5 metros cúbicos. “Nossos clientes são bem variados. Temos desde quem percorre mais de três mil quilômetros ao mês até os que querem economizar nos passeios com a família aos finais de semana”, aponta Alves, frisando que o serviço de conversão costuma demorar um dia e meio para ser concluído.
Especial Jornal Gazeta