A dificuldade financeira da Criciúma Construções declarada há alguns meses não deixou apenas prédios e imóveis para trás, mais sim, muitos sonhos. Sonhos dos que finalmente teriam a oportunidade de conquistar a casa própria ou seu empreendimento. A jovem içarense Franci Frasson foi uma das 63 pessoas da cidade que teve seu sonho interrompido.
Em 2012, a gerente de uma cooperativa de crédito, comprou um apartamento na planta, com a promessa de entrega em janeiro de 2016. O imóvel, que receberia o nome de “Reembrant”, seria construído no centro da cidade. “Minha mãe, que sempre foi batalhadora, vendeu um terreno e com o valor comprei o apartamento. E assim como os outros, esse sonho ficou só na promessa. Não tem um tijolo lá, nem um buraco”, lamenta.
Franci conta que ficou meses negociando, tentando trocar o imóvel, e iniciou a renegociação em março desse ano, mas as tentativas foram sem sucesso. “As propostas apresentadas foram absurdas. Tenho esperança na justiça e que eu receba meu investimento de volta”, acredita.
Um grupo de credores içarenses da Criciúma Construções se reúne nessa quinta-feira, dia 30, com o advogado Marcos Fernandes para definir encaminhamentos a respeito do caso. Na cidade, o edifício Solar das Palmeiras ainda aguarda ser finalizado.
“Nós estamos com expectativa de que o diretor presidente tenha um ato social a fim de passar a empresa para um novo conselho com administrador, auditor e financiador”, explica o advogado. Segundo ele, caso não haja a formação de uma nova gestão a comissão e os advogados continuarão buscando uma forma de que todos os credores que foram lesados, recebam seus imóveis e sejam ressarcidos com que lhes é de direito.
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