Creas amplia debate sobre condição atual da mulher

Para lembrar o Dia Internacional da Mulher, a equipe do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Içara, esteve reunida nesta terça-feira, dia 8, para discutir sobre as questões que permeiam a condição atual da mulher.

Conforme a coordenadora do Creas de Içara, Lucia Zanolli Pizzetti, este dia marca uma trajetória de lutas, que envolvem o desejo por melhores condições de vida, de trabalho e de direitos sociais às mulheres. “No entanto, apesar das conquistas já alcançadas, ainda temos muito a avançar no que se refere às diferenças sociais, de trabalho e de gênero entre homens e mulheres”, considera a coordenadora.

Neste sentido, o Creas conta com equipe técnica especializada para o acolhimento, atendimento e possíveis encaminhamentos para todas as mulheres que buscam o serviço. “São por ano aproximadamente 40 situações de mulheres vítimas de violência. Contudo, este número se apresenta aquém dos registros oficiais, fato que requer a realização de um trabalho de rede integrado para que estas situações sejam de fato encaminhadas ao serviço e que nesta perspectiva, a equipe reflete que a “mulher feliz” é a que está com seus direitos assegurados. “Mulher bonita” é a que vive em paz consigo mesmo e em sociedade. Encorajar-se sair do silêncio, ser guerreira e lutar”, destaca Lucia.

“Sabemos que o número é maior, em função de que muitas denúncias não são encaminhadas para nós, por escolha da própria vítima em negar-se a proceder o acompanhamento psicossocial”, lamenta a coordenadora.

Histórico de violência doméstica

Informações do Serviço de Proteção e Atendimento a Famílias e Indivíduos (Paefi), dão conta que a maioria dos casos de violência contra a mulher identificados no município já apresentam um histórico anterior de violência doméstica, na fase da infância e adolescência.

“Do número de agressões registradas, a maioria têm ligação com o consumo de álcool e/ou drogas e uma grande parcela das mulheres que sofrem violência, alegam que não rompem o vínculo com o agressor, devido à dependência econômica ou vínculo emocional. As mulheres atendidas recebem orientações e o acompanhamento de psicóloga, assistente social e advogada. Durante o atendimento, é feita a escuta qualificada do relato das usuárias e elas passam a ser acompanhadas por meio de grupos operativos que trabalham temas como a auto- estima”, informa a psicóloga do serviço, Luciana Geronimo.

Para a psicóloga, esta realidade pode ser mudada. “O silêncio é cúmplice da violência e pai da impunidade. Por isso mesmo, é fundamental que toda sociedade denuncie a violência contra as mulheres e meninas que ainda ocorre em silêncio em tantos lares e no conjunto da sociedade. A luta das mulheres e de todos que almejam um mundo livre de violência é fundamental”, finaliza.

 

Colaboração: Imprensa PMI

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