Nos últimos dias, mais de 100 içarenses passaram a ser monitorados pela Vigilância Epidemiológica e Sanitária Regional, sob a suspeita de intoxicação alimentar, a princípio ocasionada após terem ingerido produtos em uma lanchonete na cidade, situação que ainda deve ser confirmada. E tal situação faz surgir um alerta: a necessidade de cuidados no manuseio e conservação de alimentos. Isso independentemente de estar produzindo para venda ou se for para consumo próprio.
“Muitos alimentos contêm bactérias em sua composição. Por isso, precisam passar por um processo de desinfecção. Ou seja, alimentos crus como carnes, frango, peixes, entre outros, devem passar pelo processo de cocção (cozimento), com temperaturas elevadas. Em todos os alimentos servidos quentes, seu ponto interno geométrico deve atingir a temperatura de 74°C para segurança da ingestão”, explica a nutricionista Tamilis Borges.
“Já alimentos como verduras, hortaliças e frutas devem passar pelo processo de desinfecção em água clorada, ou seja, precisam ser lavados em água corrente para retirar as sujidades e passar pelo processo de desinfecção numa bacia com água e água sanitária, diluindo uma colher de sopa para cada litro de água”, indica.
A nutricionista também enfatiza que todos os alimentos, após terem sido manipulados, independente de crus ou cozidos, podem ficar sob refrigeração (em temperatura máxima de 8°C) por no máximo 48 horas. “Acima de 48 horas, o alimento deve ser congelado em temperaturas abaixo de 0°C”, orienta.
O cuidado na manipulação também é válido para quando utilizados alimentos enlatados. “Todo produto assim contém em seu rótulo data de validade, que deve ser seguida rigorosamente. Latas com amassados, ferrugem ou qualquer tipo de violação devem ser descartadas, pois os mesmos liberam substâncias tóxicas. Antes de iniciar a manipulação de algum enlatado, deve ser feita a higienização da lata”, pontua Tamilis.
Especial Jornal Gazeta