Coleta de lixo atormenta moradores do Rincão

A contratação de dois caminhões da empresa paranaense Pabiservice pela Prefeitura de Balneário Rincão, não foi suficiente para solucionar a coleta de lixo no município. Prova disso são as constantes queixas dos moradores que reclamam que, além de demorarem a passar, os caminhões geralmente não cumprem os dias de cada bairro estabelecidos pelo próprio Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae). Para a moradora Maria de Lurdes Demétrio, a situação deveria ser vista com mais atenção por parte da Administração.

“Eles ficaram sem caminhão, mas nós não deixamos de produzir lixo. Fora que eles marcam para passar num dia, mas nunca cumprem. Enquanto isso, o lixo vai ficando acumulado e os cachorros acabam abrindo e fazendo uma bagunça só. Eles precisam se organizar, porque já se passaram muitos dias e parece que nada foi feito”, relata.

Maria de Souza, que mora na área central, diz que com a desorganização, não sabe o que deve fazer com o lixo. “Se eles dizem que vão passar na segunda, a gente se programa para colocar o lixo na cesta na própria segunda bem cedo ou um dia antes. Mas daí não passam e vai acumulando ali. Essa semana, por exemplo, era para eles terem passado na segunda, quarta e sexta, mas passaram só na terça-feira”, reclama.

De acordo com o presidente do Samae, Antônio Carlos Guisi, os trabalhos aos poucos estão sendo normalizados. “Sabemos que ainda não está 100%, mas estamos fazendo o possível para melhorar. O povo gosta de reclamar bastante, mas precisa ter um pouco mais de paciência”, solicita.

Saiba mais

O problema da coleta de lixo ocorreu após a Operação Abutre, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) em uma força-tarefa composta pelo Ministério Público de Santa Catarina e as Polícias Civil e Militar, em parceria com o Instituto Geral de Perícias (IGP), no município de Balneário Rincão, há um mês. A suspeita é de fraude na licitação, corrupção ou peculato de desvio, formação de quadrilha ou organização criminosa. Tudo isso envolvendo um servidor que atuava no Samae e foi afastado, e a empresa responsável pela coleta.

Em nota, a Prefeitura Municipal reconhece que a coleta de lixo ainda não ocorre de maneira normal. “O Samae não conseguiu normalizar o serviço ainda. Estamos com um caminhão, trabalhando nos dois turnos. Amanhã chega o outro caminhão, que está na revisão. Ideia é trabalhar sábado e domingo para que a partir de segunda-feira entre na rota”, encerra a nota.

 

Especial Jornal Gazeta

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