O novo Boletim Hidrometeorológico Integrado do Estado aponta que os volumes de chuva abaixo do normal na maior parte de Santa Catarina nos últimos três meses contribuíram para a permanência do agravamento da estiagem. Eventos pontuais de precipitações consideráveis foram registrados, mas não houve distribuição adequada.
Dentre os 295 municípios de Santa Catarina, 145 estão em estado de normalidade; 71 de atenção; 21 de alerta, e nove em situação crítica frente à estiagem. Além disso, 19 cidades não encaminharam informações da situação. Da última quinzena para cá, oito municípios saíram da situação de criticidade e 12 voltaram para estado de normalidade. Porém, a situação caracteriza ainda preocupação e permanência da estiagem.
Para enfrentar o problema da estiagem, o governador Carlos Moisés enviou um Projeto de Lei para Assembleia Legislativa, que irá destinar R$ 100 milhões para construção de cisternas, apoio aos municípios e conservação de fontes e nascentes em todo o estado. Caso aprovado, o recurso se somará às ações já existentes e os agricultores catarinenses terão acesso a R $343,5 milhões para minimizar os efeitos da crise hídrica.
Na maior parte de Santa Catarina os acumulados de chuva ficaram entre 100 e 150 mm, entretanto, do Oeste ao Planalto Norte os valores ficaram entre 50 e 100 mm. Já na região do Extremo Sul Catarinense, a precipitação mensal ficou acima de 150 mm, com picos acima de 200 mm. Isso se deu por conta de duas frentes frias durante o mês, nos dias 21 e 28, que tiveram maior influência nessas áreas. Diante disso, o comprometimento do abastecimento urbano em diversos municípios se elevou novamente devido a alta intensidade da seca hidrológica sobre o Estado.
“A Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc) continua auxiliando no monitoramento, com atenção especial às regiões mais críticas. A preocupação continua junto com a permanência da estiagem, e o auxílio da população através de atitudes conscientes quanto ao consumo de água tornam-se extremamente necessários”, finaliza a gerente de Fiscalização da Aresc, Luiza Burgardt.
A previsão para o trimentre junho, julho e agosto é de precipitação abaixo da média para o estado, principalmente, na metade Oeste, o que caracteriza a permanência da estiagem no estado, em especial no Extremo Oeste.
Colaboração: Assessorias de Comunicação da Aresc e da SDE