terça-feira, 4 novembro, 2025
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Câncer, é preciso falar sobre este assunto


Os meses de outubro e novembro são escolhidos para falar sobre a conscientização do câncer de mama e de próstata. Durante todo este período são realizados diversos movimentos esclarecendo dúvidas e alertando homens e mulheres sobre os riscos e a necessidade de realizar exames preventivos. 

A doença ocorre da multiplicação anormal de células, podendo se desenvolver rapidamente ou não. A partir do momento em que recebe o diagnóstico do câncer, além da preocupação com sintomas e dores, ocorrem as preocupações com relação à imagem corporal e o medo da morte. Este momento é vivenciado com ansiedade, angústia e sofrimento. Cada paciente irá reagir de uma maneira, é necessário respeitar o tempo de cada um.

Em alguns casos é necessária a retirada de uma ou de ambas as mamas. Existe então um significado muito íntimo para a mulher, a perda da identidade, de sentir-se mutilada, é inevitável não pensar nas repercussões negativas geradas pela amputação de um órgão com tal valor afetivo, a autoestima dessa mulher tem a necessidade de ser trabalhada. O foco para o trabalho psicológico deve ser o olhar para a cura ou a possibilidade da mesma, sendo que futuramente exista a opção de reconstrução corporal, da autoimagem.

Com relação ao homem, o medo efetivo de passar pelo tratamento cirúrgico ou clínico, e principalmente o medo da morte, surge pela ideia de que o homem é provedor dos cuidados da casa, o mantenedor da família, A partir disso, as dificuldades enfrentadas durante o tratamento passam a tomar uma proporção maior.

O suporte psicológico é tão importante para o tratamento quanto à medicação. Um trabalho integrado em equipe gera melhores resultados. É necessário falar abertamente sobre a realidade e em uma linguagem acessível para a compreensão dos pacientes.   Acolher, orientar e encaminhar é função da equipe. Ouvir atentamente quais são seus medos, suas angústias, oferecer conforto e espaço para a dor e o sofrimento, colaboram para um melhor resultado no tratamento. 

Compreendendo o contexto biopsicossocial dos pacientes, admite-se que, frente a esta realidade, eles podem enfrentar grandes dificuldades como: alteração da rotina diária em virtude do tratamento, mudança de hábitos, entre outras. Esta situação pode culminar em sofrimento psicológico, evidenciado através de sintomas de depressão, ansiedade, manifestação de pensamentos de desesperança, sentimentos de medo e incerteza quanto ao futuro. É importante reintegrar socialmente estas pessoas após tratamentos para manter sua qualidade de vida.

Com relação ao suporte oferecido pela família, amigos, profissionais de saúde, os pacientes podem sentir-se mais fortalecidos a aceitar a doença e seu tratamento, e assim tornarem-se mais autoconfiantes, aumentando sua capacidade de enfrentamento. Esses apoios exercem efeitos positivos, influenciando na recuperação e melhoria da qualidade de vida. 

 

Aline Castagnetti Borges 

Psicóloga Clínica CRP-SC 12/14464

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