Passado o período de Carnaval, inicia-se na Igreja Católica o momento da Quaresma. E com ela começa também a Campanha da Fraternidade, evento realizado desde 1964 e que anualmente busca propor debates pertinentes à sociedade em geral. Neste ano, as discussões serão voltadas para a questão da violência, com o tema “Fraternidade e superação da violência”, sendo o lema “Em Cristo somos todos irmãos”.
“Quando falamos da questão de violência, não citamos apenas aquela que envolve armas, que é a mais comum comentarmos e ouvirmos falar, mas todos os tipos de violência serão debatidos de forma especial durante esta Campanha da Fraternidade. Há a violência doméstica, a violência psicológica, que muitas vezes são deixadas de lado, mas não pode, temos que debater e buscar ações concretas para um mundo melhor”, defende o pároco da matriz São Donato, Antoninho Rossi.
“A Campanha da Fraternidade nos lembra que devemos superar a violência e promover a paz. Isto, com certeza, é um trabalho muito árduo, muito longo, mas nós, como cristãos, cremos nisso. Senão, estaríamos vivendo para que, se não soubéssemos confiar na graça de Deus? Ele é o Príncipe da Paz, aquele que traz paz aos corações e nós, como seus discípulos, queremos fazer isto em nossas comunidades”, enfatiza o bispo da Diocese de Criciúma, dom Jacinto Inácio Flach.
“Todas as forças se unindo, será possível dar respostas positivas àquilo que hoje tanto nos preocupa e nos deixa com medo e insegurança que é a violência, tão grande em nossa realidade. Sabemos que Santa Catarina não é uma das regiões mais violentas, mas cremos que nosso estado poderá ser diferente se houver uma consciência coletiva onde entram os poderes públicos, a Igreja, as entidades, com trabalho especialmente nas escolas e nas famílias”, acrescenta o bispo.
A Campanha da Fraternidade acontece exatamente no período da Quaresma, iniciada nessa Quarta-feira de Cinzas e que prossegue até a Páscoa, este ano celebrada no dia 1º de abril. De acordo com o padre responsável pelos trabalhos na Paróquia São Donato, este é um período “de reconstrução”.
Especial Jornal Gazeta
