Não é um problema de hoje e nem exclusividade de Içara. Mas calçadas, seja na área central ou em bairros, encontram-se em péssimas condições. São diversas as regiões onde os passeios públicos aparecem quebrados e até mesmo em áreas reservadas para caminhadas ou corridas, colocando em risco a integridade física dos pedestres, que muitas vezes precisam dividir espaço com os veículos na rua.

“É muito complicada esta situação. Parece que nossos líderes não dão a mínima para este tipo de problema, porque já são muitos anos nesta situação e as coisas somente vão piorando. Tem pontos que não há condições de andar pela calçada, às vezes é mais prático ir pela rua mesmo. Você pode realmente se machucar. Esperamos que os governantes tomem iniciativa e corrijam este problema”, comenta a dona de casa Tereza Castagnetti.

O advogado Tarcísio Lima também comenta o assunto, alegando que há anos não se vê trabalhos de melhoria. “Se as calçadas de uma cidade estiverem em boas condições, o aspecto da cidade já melhora bastante, a gente enxerga um município bom. Com essas pavimentações que estão sendo realizadas através nos bairros, a gente vê calçadas boas, mas no Centro da cidade está horrível”, coloca. “Todo mundo torce por uma calçada decente”, complementa.

Sem padrão

Outra situação lembrada por moradores de Içara é que as calçadas não seguem um padrão. Na avaliação deles, isso acaba sendo um empecilho para que as pessoas possam se locomover pela cidade. “Cada quadra você observa um tipo de calçada ou até mesmo na mesma quadra você vê vários tipos. Isso com certeza prejudica muito o deslocamento das pessoas, principalmente quem tem algum tipo de deficiência”, avalia Sérgio Fernandes.

Melhorias após estacionamento rotativo

De acordo com o secretário municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano de Içara, Arnaldo Lodetti Junior, melhorias devem ser realizadas em calçadas de Içara a partir da efetivação do estacionamento rotativo. Conforme estabelecido em lei municipal, parte dos recursos recolhidos com o serviço a ser prestado na área central deve ser destinada para projetos de mobilidade urbana.

“Nós desenvolvemos um projeto que denominamos de ‘Calçadas do bem’ e a partir deste projeto vamos buscar, além de realizar as melhorias que se fazem necessárias, que se crie um padrão e também que se tenha a acessibilidade. Este projeto já está pronto, mas ainda dependemos de algumas conversas a serem realizadas para concretizarmos”, aponta.

Especial Jornal Gazeta