Cadê a caminhada orientada?

Orientação profissional é um princípio básico para qualquer atividade esportiva. Não são apenas os atletas de alto rendimento que necessitam desta orientação. Uma simples caminhada, que por muitas vezes é colocada como orientação médica em virtude de algum problema saúde, também é necessário uma orientação. Uma caminhada, como atividade física contínua, realizada sem orientação, pode trazer danos para quem o realiza.

Em Içara, se você passar no começo da manhã ou no fim da tarde/início da noite pela área central da cidade, vai ver dezenas de pessoas às margens da linha férrea realizando caminhada como atividade física. Isso sem contar quem faz corrida. Mas vamos falar nesta coluna apenas daqueles que buscam a caminhada, porque geralmente quem pratica corrida já tem um orientador, ao contrário de quem caminha.

Durante muitos anos, nesta região da linha férrea, houve o projeto “Caminhada orientada”. Ou seja, o princípio básico era a manutenção de um profissional nos horários de picos de pessoas caminhando, para repassar orientação a todas essas pessoas que fazem este tipo de atividade física. Porém, já há alguns meses, não existe mais esta orientação. Não há mais um profissional próprio para fazer esta parte social.

Na última semana estive conversando com a presidente da Fundação Municipal de Cultura e Esportes (FMCE) de Içara, Maria Tereza Chagas, e questionei sobre a ausência deste profissional. Relatou-me que quando assumiu a presidência, já não havia mais o projeto e que a justificativa era que ele não estava gerando os resultados necessários.

É triste ter que ver isso, porque acharam que ao invés de modificar o formato de trabalho, para que atinja os resultados, que seria reduzir o número de pessoas lesionadas pela falha na hora de atividade, acharam melhor simplesmente acabar com o projeto, de não deixar mais nenhum orientador.

Ao mesmo tempo que acontece isso na “Caminhada orientada”, lembro-me das inúmeras academias ao ar livre que existem na cidade em que na maioria das vezes acabam não sendo utilizadas pelo fato de as pessoas não saberem como se usa e quando é usado acaba sendo realizado de forma errada gerando lesões pela falta de alguém para orientar.

Torço, mas torço muito, para que a gestão pública se atente a esta situação e mude o que vem fazendo. Orientação é o básico quando se trata de saúde pública!

Como acadêmico de educação física, um apaixonado por esporte e ciente da necessidade de orientação para qualquer atividade, tal situação me preocupa muito!

Orientação é o princípio básico de qualquer atividade física!

Lucas Heckler – Cronista esportivo e acadêmico de Educação Física

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