O Criciúma terminou o primeiro tempo na frente do placar. Talvez mais pela desorganização da equipe do Brusque, que fazia o seu pior primeiro tempo no ano de 2020, do que por méritos da equipe carvoeira dependente única e exclusivamente das jogadas de Carlos Cesar que fazia uma excelente partida.
Que baile na segunda etapa
Com o cansaço de Carlos Cesar, Jersinho, treinador do Brusque, aproveitou bem aquela lacuna que ali aparecia. Daniel Cruz deixou de acompanhar o lateral esquerdo da equipe do oeste e por ali saíram as principais jogadas de ataque dos visitantes. Brusque deu um banho de bola na segunda etapa e vem merecendo o destaque recebido como melhor equipe do futebol catarinense.
Arbitragem de novo?
Houve quem reclamasse da arbitragem de Herbert Roberto Lopes em um lance de pênalti que poderia mudar o resultado da partida. Um discurso unânime dos jogadores tricolores no pós-jogo. Por favor, gente! Mais do que um erro de arbitragem a grande lição que precisa ser tirada desta partida é que o Criciúma precisa parar de se enganar e entender que necessita ir ao mercado se reforçar.
Quando bons resultados enganam
Os dois últimos resultados positivos da equipe carvoeira fora de casa trouxeram a falsa impressão de que a equipe havia encontrado uma forma de jogar que pudesse levar o Criciúma longe no campeonato. Um estilo de jogo extremamente defensivo, de marcação forte que joga por contra ataques isolados ou bolas paradas. Um futebol pobre, feio e covarde que deixa a torcida sempre desconfiada.
Pediu pra tomar mais
A direção precisa enxergar a fragilidade e deficiência do Criciúma de forma rápida. O time foi engolido no segundo tempo por um Brusque que abriu seus atacantes e abusou das ultrapassagens de seus laterais. Colocou a equipe carvoeira na roda e o 3×1 só não se transformou em goleada devido à boa partida de Gianezine.
Fadado ao insucesso!
Daniel Cruz é um atacante que agrada aqueles treinadores que alcunhamos de “retranqueiros”. Eles se doam muito na marcação, mas perdem força na hora que são acionados no ataque. Chegou ao Heriberto Huilse com péssimo currículo e ontem confirmou aquilo que todo já sabiam, falta “faro de gol” a este jogador.
O melhor de Santa Catarina?
Não sei se o Brusque é candidato ao título, mas tem o futebol mais bonito apresentado até o momento. O mata-mata é um estilo de competição que muitas vezes é injusto. Contudo, o novo queridinho do futebol catarinense tem grandes chances de chegar a final se continuar com esta organização e com estes jogadores que passam a serem vistos com outros olhos por outros times do Brasil.