segunda-feira, 22 dezembro, 2025
Ultimas noticias

Bombeiros dão dicas e alertam sobre banhos em áreas desguarnecidas pela corporação

A estação do verão começou neste domingo, 21, e aumenta a procura de lazer em locais com água fresca. Porém, para desfrutar de ambientes aquáticos – como mares, lagos, lagoas, rios ou açudes – com segurança e tranquilidade, é necessário adotar medidas preventivas que minimizem os riscos de incidentes. Na região sul catarinense, nesta última semana, dois homens acabaram morrendo afogados em rio e açude. Um caso foi registrado no domingo, dia 14, quando a vítima de 40 anos, morreu afogada em Forquilhinha, em um rio no bairro São Jorge.

AUMENTO NOS CASOS

Outra ocorrência foi na última segunda-feira, 15, no município de Sombrio, quando outro homem, de 26 anos, se afogou em um açude (antiga jazida), no Canto da Lagoa. O local era área desprotegida pelos bombeiros. Conforme dados do 4º Batalhão de Bombeiros Militar (BBM) de Criciúma, entre novembro e dezembro do ano passado foram duas mortes por afogamento em locais sem serviços de guarda-vidas. Sendo que, neste mesmo período, em 2025, já são cinco mortes, uma alta de R$ 150% nas ocorrências.

Diante disso, o major Jihorgenes Luciano Borges, subcomandante do 4º BBM, explica que o primeiro passo para um lazer seguro é a escolha consciente do local, dando-se total prioridade às áreas protegidas por serviços guarda-vidas. “Caso opte por locais sem essa supervisão, a cautela deve ser redobrada: faça uma inspeção prévia para verificar a profundidade e a existência de obstáculos ocultos, como troncos, galhos, pedras ou lama, que podem transformar um simples banho em uma situação de risco”, alerta o major bombeiro.

Para não ter problemas com a segurança, melhor não nadar sozinho

Sobre a segurança individual, o subcomandante Borges, destaca que é essencial respeitar os próprios limites. “Utilize a linha do umbigo como referência máxima de profundidade segura e jamais nade sozinho; ter companhia garante que alguém possa buscar ajuda em caso de mal-estar ou dificuldades. É importante ressaltar que o resgate direto na água deve ser realizado apenas por profissionais tecnicamente capacitados. Por isso, a recomendação para leigos é sempre oferecer auxílio externo, preferencialmente lançando objetos flutuantes, como bóias e coletes, para a vítima se apoiar enquanto o socorro chega”, destaca Borges.

DE OLHO NAS CRIANÇAS

Ele também chama a atenção para com as crianças e a necessidade de vigilância constante e de proximidade física. “O responsável deve manter-se a, no máximo, um braço de distância do menor, eliminando distrações como o uso de celular ou jogos paralelos. Quanto aos equipamentos de segurança, deve-se evitar o uso de boias infláveis de braço ou circulares, pois elas podem furar ou escapar facilmente com o movimento da água. O mais indicado é o uso de coletes salva-vidas não infláveis, do tamanho adequado e devidamente ajustados, preferencialmente com tirantes que passem pela virilha para impedir que o equipamento saia pela cabeça da criança”, orienta o major.

Além disso, cuidados com a saúde física são indispensáveis. “Deve-se evitar terminantemente os saltos de cabeça, visto que o choque contra o fundo pode ocasionar lesões graves. Da mesma forma, recomenda-se não entrar na água de forma abrupta em dias quentes para prevenir a síndrome da imersão (choque térmico), nem nadar após ingerir grandes quantidades de comida ou bebida. Para auxiliar na prevenção, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) recomenda o uso do aplicativo CBMSC Cidadão. Através dessa ferramenta, é possível localizar os postos de guarda-vidas ativos mais próximos e verificar o mapa de balneabilidade, garantindo que o local escolhido esteja apto e seguro para o banho”, finaliza Borges.

Cuidados para lazer em águas

(Fonte: Corpo de Bombeiros de Santa Catarina)

– Supervisão: Mantenha crianças sempre por perto, a um braço de distância, e adultos menos experientes sob vigilância constante.

– Álcool e Drogas: Não consuma bebidas alcoólicas ou drogas antes ou durante o banho, pois comprometem a coordenação e aumentam o risco de afogamento.

– Crianças: Coletes salva-vidas são cruciais; bóias de braço dão falsa segurança.

– Não mergulhe de cabeça: Verifique sempre a profundidade e a presença de pedras ou galhos submersos.

– Correnteza: Evite rios com correntezas fortes; se houver, não ultrapasse a altura do joelho e nade a favor da corrente em direção à margem se necessário.

– Água: Água barrenta ou com galhos pode indicar cabeça d’água; saia imediatamente e afaste-se para local seguro, pois o nível pode subir rapidamente.

– Localização: Prefira locais conhecidos, com salva-vidas, e avise a alguém para onde vai.

– Após Refeições: Espere pelo menos uma hora para entrar na água para evitar congestão.

– Sinalização: Obedeça sempre às placas e orientações locais

 

 

Colaboração: jornal Tribuna de Notícias/Maira Rabassa

Gostou da notícia então compartilhe:

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

Mais lidas da semana

Noticias em destaque

Noticias

Outros links uteis