A segunda banca de avaliação dos vinhos do Vale da Uva Goethe safra de 2023/ 2024 foi realizada na vinícola Casa Del Nonno, em Urussanga, na última quinta-feira (05). Participaram da banca sete avaliadores, entre produtores de  uva, empresários, enólogos e engenheiros agrônomos e sommeliers,  responsáveis pela análise de sete produtos entre vinhos tranquilos e espumantes, produzidos por quatro vinícolas associadas à Progoethe.

Desde 2012, quando recebeu a  indicação de procedência pelo INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), o vinho Goethe produzido na região dos Vales da Uva Goethe, sul de Santa Catarina, leva o selo de indicação de Procedência ( IP). Para receber o selo, os vinhos passam anualmente pelo processo de avaliação do Conselho Regulador, que compreende a realização de duas bancas.

A banca de análise sensorial segue as normas do caderno de especificações técnicas do conselho regulador da Indicação de Procedência no Vales da Uva Goethe (IPVUG). “Cada vinho passa por três etapas de avaliação: rastreabilidade desde a uva colhida nos produtores até o processo de produção na vinícola; análise físico químicas para atendimento da legislação brasileira para produção de vinho. A banca de avaliação sensorial realiza análise das características organolépticas, sendo a última etapa do processo”, explica a bióloga Andréa Vargas dos Santos, consultora responsável pela implantação dessa Indicação Geográfica.

Banca de avaliação é realizada às cegas

A análise sensorial é realizada às cegas, ou seja, os avaliadores não sabem qual vinícola produziu o vinho. São avaliados o aspecto visual, aspectos gustativos e os aromas do vinho, de acordo com as normas do Caderno de Especificações Técnicas do Conselho Regulador, uma espécie de manual elaborado para que o órgão regularizar a Indicação Geográfica “ A análise anual é uma das etapas mais importantes do processo de avaliação, e é indispensável para que as vinícola associadas tenham a permissão para usar o selo de Indicação de Procedência”,destaca o presidente da Progoethe, Guilherme Quarezemin.

Os vinhos passam por outras avaliações e as vinícolas precisam seguir normas de produção que vão desde o cadastro dos vinhedos e tratos culturais dos mesmos, até o respeito aos aspectos culturais, ao saber fazer dos antepassados, e ao meio ambiente para garantirem o selo. “ Nosso processo de controle é referência em todo o Brasil, o que para nós é muito gratificante. Além da análise sensorial, os vinhos passam também pelas análises físico-químicas, e as vinícolas precisam preencher o formulário de rastreabilidade e demais documentos solicitados pelo Conselho Regulador,” ressalta Andréa.

Primeira Indicação Geográfica de Santa Catarina

Os Vales da Uva Goethe, são a primeira Indicação Geográfica (IG) de Santa Catarina.   Essa conquista foi alcançada em 2012, quando obteve a indicação de procedência pelo INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).  A área geográfica dos vinhedos abrange as cidades de: Urussanga, Pedras Grandes, Morro da Fumaça, Cocal do Sul, Treze de Maio, Orleans, Nova Veneza e Içara.

A Associação dos Produtores da  Uva e do Vinho Goethe (PROGOETHE) desempenha um papel fundamental para manter o registro.  Fundada em 2005, a entidade é composta por produtores de  uva e vinho da região dos Vales da Uva Goethe.

A variedade Goethe é uma uva especialmente adaptada às terras baixas do Sul de Santa Catarina. A localização privilegiada une as características das encostas da Serra Geral ao litoral sul catarinense.

Banca avaliadora

1. Scheila Bosa – Empresária e produtora de uva

2. Marco Antônio Vargas Zaguini – Empresário e produtor de uva e vinho

3. Luis Carlos Zen – Produtor de uva e vinho

4. Carolina Zen  – Arquiteta e produtora de uva

5. Lara Claumann Fonseca –  Produtora de uva

6. Gilson Fontanella – Empresário e produtor de uva e vinho

7. Marcelo Bongiolo  – Sommelier

Texto: Janine Limas /Innovazione ESG e Marketing

Fotos: Divulgação Progoethe