A temporada de verão está chegando e com ela a maior movimentação financeira em Balneário Rincão. Mas justamente neste período, a cidade corre o risco de passar por uma situação que pode trazer graves problemas: a retirada de terminais de autoatendimento que reúnem operações de vários bancos e bandeiras de cartão de crédito, os chamados caixas 24 horas.

Na tentativa de evitar que isso aconteça e também coibir um possível prejuízo ao comércio local, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) vem trabalhando para que o serviço continue sendo prestado.

“A retirada desses caixas eletrônicos vai gerar um transtorno muito grande para a população local e além disso vai trazer prejuízos para o comércio”, diz o presidente da entidade, Fernando Selinger.

Os caixas em questão são operados pela TecBan e estão instalados em diferentes pontos do município, em estabelecimentos parceiros. A justificativa apresentada pela empresa à CDL é que a transportadora de valores não deve mais levar o dinheiro até a cidade, para o abastecimento dos equipamentos.

Sem o serviço, a população local precisará efetuar as transações bancárias em outras cidades, como Içara e Criciúma. “Hoje, 30% da população de Balneário Rincão é de aposentados e pensionistas. Imagina todos eles indo para Içara e Criciúma sacar a sua aposentadoria. Já que estão lá, vão gastar por lá. E isso acaba com todo o nosso trabalho para que as pessoas valorizem o comércio do Rincão”, reclama o presidente da CDL.

Outra preocupação é com os veranistas. “Sem a possibilidade de sacar dinheiro aqui, essas pessoas vão fazer as compras necessárias já na cidade de origem, ou seja, mais uma vez o comércio local perde”, considera Selinger.

O município com apenas com uma agência lotérica e uma cooperativa de crédito, mas nos dois casos os serviços são restritos.

Especial Jornal Gazeta