Já os mercados e supermercados, em comparação ao ano anterior, tiveram um aumento entre 5 a 10% na comercialização dos produtos

O volume de vendas da maioria dos comércios de Balneário Rincão diminuiu significativamente nesta temporada de verão devido à pandemia do coronavírus. Conforme o presidente da Câmara de Dirigentes Lojista (CDL) do município, Marcelo da Luz Rodrigues, a queda foi de 20 a 40% nos segmentos de bares, restaurantes, vestuários, calçados e áreas de entretenimento. Já os mercados e supermercados, em comparação ao ano anterior, tiveram um aumento entre 5 a 10% na comercialização dos produtos.

Rodrigues ainda afirma que com o lockdown dos dois últimos finais de semana, o mês de março tem sido o pior nas vendas da temporada até agora. A medida estabelecida por decreto estadual iniciou no dia 26 de fevereiro e foi renunciada nesta última quarta-feira (17). “Agora com a possibilidade de abertura no sábado e domingo até o final do mês, tende há melhorar um pouco. Facilitando também para o consumidor que trabalha e não pode comprar nos dias de semana”, enfatizou.

O prefeito da cidade, Jairo Custódio (MDB), destaca que sua visão sobre a movimentação do comércio é positiva, mesmo não tendo sido o que os empreendedores esperavam. “Não foi aquilo que vemos em toda temporada. A pandemia não permitiu que a gente realizasse os eventos como dos outros anos que movimentavam o Rincão e alavancam os negócios” salientou completando que “a gestão pública está sempre presente, inclusive na orientação dos lojistas para seguirem as normas restritivas”.

Geração de empregos

Conforme dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), o município do Litoral Sul teve 103 admissões e 80 desligamentos, resultando na geração de 23 empregos. “É pouco para o mês, mas ainda assim temos que comemorar. Na indústria, o número deve seguir aumentando, ao contrário dos lojistas, que amargam grandes prejuízos na pandemia”, destacou o Presidente da Associação Empresarial de Balneário Rincão (ACIBRI), José Augusto Freitas.

Supermercado em alta em meio à crise da pandemia

Além de presidente da CDL, Marcelo da Luz Rodrigues também é empresário. Ele e seu irmão, Alcides Rodrigues Junior, são sócios de um mercado localizado no município e estão há 19 anos no ramo. “Nossas vendas alavancaram muito esse ano, acredito que por conta de todas as restrições nos outros segmentos”, disse.

O empresário também relata que inovar e fazer promoções são essenciais para chamar clientes. “Mas entendemos que para outros segmentos acaba sendo mais difícil mesmo, foi uma temporada muito ruim para lojas de roupa por exemplo”.

Estratégias de lojista

Por outro lado, algumas estratégias puderam resultar na melhora de alguns lojistas, como o caso de Elisiane Estevam Lima, dona de uma loja de roupas. A empresária relata que precisou ter bastante cautela nas compras por questão da instabilidade financeira que a pandemia da Covid-19 trouxe. “Procurei encher os olhos dos meus clientes com peças da moda, produtos de qualidade, bons preços e bom atendimento”, salientou.

Para Lisi, como é conhecida, apesar de as vendas terem sido em um ritmo menos acelerado, não foram ruins. “Sabemos que afetou a todos, desde grandes empresas, micros empreendedores e até os consumidores. Mas também é uma oportunidade para a gente aprender, amadurecer e evoluir”, finalizou.

Redação Içara News