Waguinho Dias após 29 dias sob o comando da equipe foi demitido. Uma passagem de cinco partidas e nenhuma vitória. Waguinho já havia sido especulado no Tigre em outras oportunidades. Sua campanha em equipes de menor porte era vista com bons olhos pela diretoria e parte da torcida. Chegou e não agradou! Em um outro momento com mais tempo, poderia ter feito um bom trabalho, mas tempo é o que não temos…
Onde o Waguinho errou?
Waguinho assumiu o Criciúma do interino Wilsão que vinha fazendo um bom trabalho com um esquema de jogo eficiente e bons resultados. Não manteve a formação, foi teimoso em suas convicções, deixou peças importantes do grupo de fora, o que culminou na sua demissão nesta última quinta-feira, dia 26. As escolhas de Waguinho irritaram tanto a torcida que sua demissão, mesmo que precoce, nem foi muito lamentada e se viu necessária.
A preferência por Wilsão
Com a queda de Waguinho, Wilsão era o preferido pela torcida carvoeira. Todavia a necessidade de Dal Farra de sempre contrariar o óbvio fez com que trouxessem o amigo Roberto Cavalo. No currículo do novo comandante, a melhor campanha de um treinador sob a gestão do presidente e um bom trabalho no Botafogo SP. Porém uma acusação de ganhar dinheiro na contratação de jogadores em sua última passagem manchou a imagem de Roberto no clube.
Um final de semana tranquilo no Heriberto Hülse
A contratação de Cavalo foi rechaçada por muitos, no entanto, mesmo sem tempo de treinar, algumas atitudes do novo comandante agradaram a torcida carvoeira. O afastamento de alguns jogadores, a rescisão de contrato de outros, somadas principalmente a uma vitória de 2×0 em uma partida acima da média, deram credibilidade ao trabalho. A esperança retornou ao Majestoso e até os mais pessimistas já acreditam na fuga do eminente rebaixamento.
Um novo jeito Wilsão ou Cavalo de jogar
O Criciúma teve no sábado um de seus melhores jogos no campeonato. Uma postura ofensiva comprovou que esta equipe rende mais com apenas dois atacantes e quatro meias. Mesmo sendo uma daquelas partidas atípicas às 11h da manha, onde a maioria dos times dosam o ritmo devido ao calor, o Criciúma foi intenso, teve uma primeira etapa de gala e foi muito superior ao adversário.
Um jogo de xadrez
Vencemos, convencemos, mas o que isto quer dizer? Cavalo teve uma atuação impecável em sua reestreia. Saiu jogando com a formação mais coerente e quando o Botafogo SP parecia dominar a partida fez mudanças cirúrgicas que garantiram a vitória. Quebrou a invencibilidade do bom time de Hemerson Maria que já não perdia há cinco partidas.
A retomada ou um golpe de sorte?
Vencer uma equipe que está no G4 dá moral, mas será que não foi sorte? Talvez aquela motivação pela troca de comando ou o fato de Cavalo conhecer muito bem o adversário? Teria o tricolor catarinense futebol para manter esta postura do último sábado? São perguntas que pairam na cabeça até mesmo dos mais otimistas após a empolgação de uma grande vitória.
O destaque e o desastre
A vitória veio, a esperança retornou, mas este processo precisa ser contínuo. Percebemos que o Criciúma tem um bom time titular, mas um elenco fraco. Suas vitórias ainda são bem dependentes do ótimo campeonato que vem fazendo Foguinho. A má fase de Leo Gamalho é compensada por muita vontade do nosso camisa 99 que não dispensa esforços para ajudar equipe. Todavia a ausência de gols vem comprometendo as atuações deste bom jogador.
A projeção e a recuperação
Na próxima terça-feira, dia 1, o Criciúma enfrenta o Vila Nova. O time goiano vem de uma vitória fora de casa sobre o Londrina, no entanto tem um retrospecto muito ruim dentro de seus domínios. Com uma campanha beirando o Z4, dependente de seu camisa 10 acima do peso, Alex mineiro, o Vila é um time lento e limitado. Em uma projeção de recuperação este é um jogo em que o Criciúma precisa trazer os três pontos para casa.
