Na adolescência, muitos são os sonhos… Decidir o caminho a seguir nem sempre é uma decisão fácil de tomar, mas para Isadora Réus Vieira, de 20 anos, natural de Içara, a trajetória já estava traçada. Desde criança fez da prática esportiva sua atividade favorita, mas aos 14 anos, em plena adolescência, decidiu que seria lutadora de Muay Thai. E, assim, começava a jornada de desafios e conquistas.
Na viagem a São Paulo, no último fim de semana, onde participou de uma dos maiores eventos de Muay Thai do país, voltado apenas para mulheres, Isadora venceu mais uma luta como semi profissional (hoje não participa mais de lutas como amadora). “Foi uma luta forte, uma lutadora bastante difícil, renomada no meio, mas consegui colocar todo o meu jogo em prática, tudo o que trabalhei e treinei, conseguindo um resultado positivo”, conta Isadora, entusiasmada.
Ela ainda revela que treinou de domingo a domingo junto do professor Leandro Gonçalves, na academia Strong Duo Tthaiboxing, na localidade de Poço Três, em Içara. “Foram dias de treinos intensos; de domingo a domingo, nos horários possíveis, pois trabalho durante o dia e Du aula à noite, mas não me arrependo de todo esforço e comprometimento. Agora a expectativa é de que até o fim do ano ou no início de 2022 eu já esteja participando de lutas profissionais. É isso que venho buscando”, assinalou a lutadora de Muay Thai. A próxima luta está marcada para o dia de novembro, no Rio Grande do Sul.
Competição é vitrine
Segundo a içarense, a competição realziada em Santos, litoral paulista, serviu como degrau. “Enfrentei uma lutadora bem ranqueada, ganhei muita experiência e, quem sabe, a chance de disputar algum cinturão. Depois deste evento e do resultado obtido acredito que a oportunidade do cinturão possa surgir, pois até então ainda não me conheciam neste cenário nacional”, explica Isadora acrescentando que esta foi uma luta nacional. “Que sabem realizo, em breve, o meu sonho de participar de um evento mundial”.
A história de Isadora no Muay Thai
Por incentivo de uma prima, Isa, como é carinhosamente chamada, foi convidada a conhecer a luta. Seu pai, Lindomar Vieira, sempre gostou de assistir às lutas de UFC e ela, atenta a todos os movimentos, o acompanhava “vidrada” na TV. Foi quando se identificou com a lutadora Ronda Jean Rousey, que hoje não esta mais no UFC. A mãe, Cristina Reus Vieira, a maior torcedora, também é grande incentivadora da filha.
Aos 14 anos começou a lutar. Com 16 foi campeão de um GP disputado em Brasilia. Teve um tempo de parada, retornando aos treinos em 2020 quando conquistou uma grande vitória: a perda de peso. E hoje, está de volta aos ringes. No total, foram 11 lutas: seis como amadora e as demais como semi profissional. “Neste período foram disputas difíceis, conquistas que me encheram de esperança e muitos desafios, mas o mais difícil e lidar com a falta de apoio financeiro, de patrocínio”, pontua Isa.
A atleta comenta que para a viagem a São Paulo contou com o apoio de algumas pessoas entre elas, um grupo familiar que fez uma rifa para conseguir recursos. “Como todo atleta sabe é difícil arcar com os custos de uma competição: viagem, hospedagem… Para esta competição pude contar com o apoio de algumas pessoas como a rifa feita por um grupo de primos. E já aproveito para agradecer ao Cristian Graf, um dos precursores do caratê em Santa Catarina e campeão Pan-Americano da modalidade em 1995. Além de tantas outras pessoas”.
Isa ainda contou com o apoio de Ney Terraplanagem, Edna, Rosangela, prefeitura de Içara (viagem até Florianópolis e uma ajuda de custo, Família Rpesu (rifa), Espaço Fitness, Mrs. Medalha e amigos.
Apelo
“Espero que na próxima eu consiga mais ajuda para poder me dedicar, exclusivamente aos treinos e na busca de bons resultados, sem a preocupação dos gastos. Deixo aqui os agradecimentos da rifa, patrocinadores, quem incentivou e também faço um pedido: que o poder público invista e acredite nos atletas que Içara tem, pois nossa cidade é uma verdadeira fonte de talento. Muitos com uma carreira brilhante e que podem levar Içara a ser reconhecida; Peço também aos empresários e comerciantes que possam contribuir, pois estaremos levando as suas marcas, vestindo a camisa e, futuramente, o retorno é para todos”, ressaltou Isadora Réus Vieira.
Colaboração: Alexandra Cavaler – Assessoria de Comunicação da atleta Isadora Réus Vieira