Cirurgia laparoscópica ou minimamente invasiva, popular “cirurgia a laser” (termo errôneo), consiste em observar os órgãos a serem operados através de uma lente de vídeo (câmera) introduzida por um orifício de 10 a 12 mm. Com ajuda de um gás usado para insuflar a parede abdominal a fim de que possamos manipular pinças inseridas por outros orifícios (o número de pinças e tamanho dos orifícios a serem usadas depende do tipo de cirurgia) na cavidade abdominal ou outras cavidades corporais, como o tórax.
A história da laparoscopia é bastante antiga, o primeiro relato de visualização de um órgão do corpo humano sem aberturas ou cortes ocorreu em 1806, quando foi visualizada a uretra com uma cânula de 2 lumens (buracos), um transmitia a luminosidade de uma vela e o outro funcionava como cânula de observação, a partir desse momento existem vários relatos de utilização de lentes para fins diagnósticos.
A laparoscopia terapêutica surgiu muito mais tarde. Em 1978 na Europa foi realizada a primeira colecistectomia laparoscópica (retirada da vesícula) em porcos. Em 1987, Philippe Mouret em Lyon – França fez a primeira colecistectomia laparoscópica em um ser humano.
A partir de então a laparoscopia veio ganhando muito espaço e se mostrando bastante superior a cirurgia aberta em quase todas a áreas da cirurgia, como cirurgia geral, cirurgia do tórax, cirurgia oncológica, ginecológica, etc. O avanço da tecnologia vem melhorando as imagens e diminuindo cada vez mais o tamanho dos cortes, hoje podemos operar com aberturas de 3mm de diâmetro, com imagem Full HD.
Muitas das cirurgias operadas pelo cirurgião geral tem inúmeras vantagens comprovadas. Dentre as principais que realizamos com essa técnica estão a Colecistectomia (retirada da vesícula), Apendicectomia (retirada do apêndice), Hernioplastias (correção de hérnias da parede abdominal), Cirurgia para refluxo, Cirurgia Bariátrica, Laqueaduras, histerectomias, Ooforectomias (retirada do ovário), entre muitas outras.
As 6 vantagens da vídeo cirurgia:
1 – Como a imagem dos órgãos é ampliada pela câmera em muitas vezes, identificamos com mais precisão os locais a serem manipulados, diminuindo geralmente o sangramento na cirurgia;
2 – menor trauma na parede abdominal – em vez de grandes cortes são feitos pequenos orifícios com no máximo 10 a 12 mm, por exemplo na cirurgia de vesícula são feito 4 orifícios, geralmente 1 ou 2 de 10mm e dois ou três de 3 a 5 mm.
3 – com menores cortes, diminuem as chances de hérnias incisionais, aquelas que aparecem após os cortes cirúrgicos. Assim como o número de infecções de pele no corte e sangramento são menores.
4 – com cortes pequenos, o paciente tem menos dor após a cirurgia, diminuindo o tempo de internação, assim como o gasto com medicamentos.
5 – com pequenos cortes, menos dor, menor chance de hérnias, diminuição das infecções de ferida operatória, o paciente pode voltar as suas atividades cotidianas muito mais cedo quando comparamos com a cirurgia aberta.
6 – por fim e não menos importante, pequenos cortes deixam marcas muito menores e resultados estéticos muito melhores, muitas vezes com o tempo esses cortes se tornam imperceptíveis.
Infelizmente na nossa região o SUS ainda não oferece esse tipo de cirurgia em larga escala, e alguns hospitais não dispõem nem do material necessário para esse tipo de cirurgia. Em contra partida muitos hospitais privados da região oferecem o serviço de excelente qualidade.
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