Desde que os movimentos das pernas foram afetados em função de uma lesão sofrida enquanto trabalhava em uma construção, Adair José Pavei vem dedicando seus dias à confecção de tapetes artesanais. Além de uma ocupação, ele tem no artesanato a possibilidade de incrementar sua renda. “Depois do acidente passei um período em Torres e vi um cidadão realizando este trabalho de tapete artesanal. Então pedi para ele me ensinasse”, conta o aposentado. 

Ele comenta que chegou a ficar 30 dias trabalhando na região de Torres para aprender. E já são sete anos dedicados à atividade. “Minha vontade era estar trabalhando em uma construção, que é o que realmente sei fazer. Mas como não posso, vou me dedicando ao artesanato, que é algo que gosto e vem me ajudando bastante”, pontua Pavei. “O difícil não é aprender e sim ter a malandragem dos fios, pois se você colocou um fio no lugar errado, estraga toda a confecção. Além de que são vários tipos de tapetes, então tem que ficar ligado nisso tudo”, declara.

“O dinheiro que consigo com os tapetes ajuda, mas acredito que o mais importante ainda seja a ocupação, pois ficar dentro de casa sem fazer nada seria pior”, coloca Pavei. Ele explica que a maior parte da produção é realizada por pedido. “A maioria vem até mim com o tipo de tapete definido, metragem, cor e outros detalhes. Mas também tem um vendedor de rua que vende para mim. E alguns tapetes são vendidos já prontos para as pessoas que passam aqui pela frente de casa”, finaliza.

Especial Jornal Gazeta