Alunos das três escolas municipais de Balneário Rincão tiveram uma aula diferente na quarta-feira, 18. Eles foram conhecer o Sambaqui Lagoa dos Freitas, área onde o setor de Arqueologia da Unesc/Iparque trabalha desde o ano passado. Nas escavações, a equipe tem recolhido vestígios de povos que viveram aqui em outros séculos, e ajudando a contar a história das origens da ocupação humana nesse território.
A partir do material recolhido, os estudiosos conseguiram datar o sítio de 1.400 anos pelo menos, já que novas escavações podem trazer descobertas ainda mais antigas. Na visita, os alunos aprenderam sobre arqueologia, a importância da preservação dos sítios e o objetivo de mapear esses locais. "Eu já tinha ouvido falar em sambaqui, mas nunca tinha ido em um. Foi bem legal, aprendi coisas novas", comenta a estudante do 5º ano da escola Amélia de Souza e Silva, Sara Viana Motta, de 11 anos.
Segundo o coordenador da escavação, o arqueólogo Marcos César Pereira Santos, os sambaquis localizados no Balneário Rincão têm algumas características peculiares, o que despertou o interesse do doutorando em vir pesquisar na região. “Ao longo dos anos, grupos escolheram esse lugar aqui para se encontrar, alguns de passagem, outros por temporada, e queremos entender essa ocupação", resume Marcos.
O projeto de escavação, desenvolvido em parceria com a Administração Municipal e a Santa Clara Empreendimentos, é coordenado por Juliano Bitencourt Campos, arqueólogo da Unesc. O prefeito Décio Góes, a secretária de Educação Maria Canever e o diretor de Cultura Reginaldo Vargas também acompanharam a visita das escolas Arroio Rincão, José Réus e Amélia de Souza Silva.
Colaboração: Lariane Cagnini/Imprensa PMBR