A manhã desta segunda-feira, 14, marcou a finalização de mais uma etapa do Projeto I9, uma parceria entre o Cedup Abílio Paulo e a Associação Empresarial de Criciúma (Acic). O auditório da associação recebeu a apresentação dos projetos desenvolvidos pelos estudantes ao longo dos últimos meses, após visitas técnicas realizadas em empresas da região.
Divididos em grupos, os alunos apresentaram suas propostas de melhoria para uma banca avaliadora formada por professores e representantes das empresas.
As ideias foram fruto de uma imersão prática em empresas parceiras — Rio Deserto, Amore, Bitenfer, Plasson do Brasil, Construtora Pavei, Ufo Way, Centro Tecnológico Satc e Usipe — onde os alunos puderam observar a rotina corporativa, identificar desafios reais e refletir sobre soluções possíveis. Os projetos abrangeram temas como inovação, gestão, sustentabilidade e comunicação, com foco em alinhar a teoria aprendida em sala de aula ao dia a dia das organizações.
Aproximação ao mercado de trabalho
Para a professora Maria Izanete da Rosa Martins, idealizadora do projeto, o I9 vai além de uma simples atividade escolar.
“O objetivo desse projeto é proporcionar aos alunos uma vivência prática no ambiente empresarial, desenvolvendo habilidades profissionais e ajudando-os a pensar sobre o futuro. Eles começam a perceber como o que aprendem em sala se conecta com o mundo real, com o que acontece nas empresas. Isso amplia a visão deles sobre o mercado e fortalece o planejamento de carreira. É uma semente que está sendo plantada, e acredito que fomos vitoriosos nessa primeira etapa”, avaliou.
Durante a abertura do evento, a vice-presidente da Acic, Grasiela Moretto, também reforçou o compromisso da entidade com a formação de jovens talentos.
“Essa iniciativa é motivo de orgulho para nós. Ela representa de forma concreta o nosso compromisso com o desenvolvimento regional, ao aproximar educação e mercado de trabalho. O Projeto I9 integra teoria e prática, estimula o empreendedorismo e abre portas para o futuro profissional dos nossos jovens”, ressaltou.
Educação como forma de transformação
A diretora executiva da Acic, Maria Julita Volpato Gomes, acredita que ações como o Projeto I9 fazem parte da crença da entidade no poder transformador da educação.
“Quando temos projetos voltados ao desenvolvimento dos estudantes, como o I9, o Prêmio Acic de Matemática e o de Língua Portuguesa, sempre estaremos juntos. Esses estudantes serão os protagonistas da gestão do país amanhã”, declarou.
O projeto é celebrado pelo Cedup como forma de não limitar os alunos ao aprendizado apenas em sala de aula.
“Precisamos sair dos muros da escola, e o I9 tem nos levado exatamente nessa direção. Desde o início, vimos que esse projeto seria uma ponte importante entre a formação técnica e o mercado de trabalho. E o que vimos aqui hoje reforça que estamos no caminho certo”, pontuou o diretor da escola, Helton Jeremias de Souza.
Visão dos alunos
As apresentações foram avaliadas por uma banca composta por representantes das empresas, professores e membros da Acic, com base em critérios como viabilidade, inovação e aderência aos desafios observados durante as visitas técnicas. Para muitos estudantes, essa foi a primeira experiência apresentando soluções para situações reais e um passo importante para o início da carreira.
Para a aluna Catharine Felisbino, que participou do grupo que analisou a Rio Deserto, a visita ampliou sua visão sobre a sustentabilidade nas empresas.
“A pesquisa teórica, alinhada com a pesquisa técnica, fez com que a gente percebesse como a sustentabilidade é aplicada de forma real nas organizações. Aprendemos que ela pode ser parte da cultura da empresa, envolvendo responsabilidade social, inovação e transparência”, frisou.
Já a aluna Ana Júlia Ribeiro, que participou da visita à Plasson, acredita que está mais alinhada ao mercado de trabalho após a conclusão do projeto.
“Conhecer os bastidores de uma grande empresa e aplicar isso num projeto concreto nos fez crescer muito. Aprendemos sobre comunicação, trabalho em equipe e análise; tudo isso vai além da sala de aula”, concluiu.